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terça-feira, 18 de maio de 2021

Romances & Fantasias que saem da caixinha

 

bandeira do orgulho lgbtqi+
Arte da Bandeira do Arco-Íris

Depois de muuuito tempo, senti vontade de escrever uma postagem longa. Chega mais! 😉

Aproveitando o dia internacional de combate à lgbtqi+ fobia (17 de maio!), cumpro um desejo de fazer essa postagem falando de alguns livros queridos que andei lendo ultimamente. Lembrando que aboli quase todas as leituras distópicas e que tirem o pouco de esperança que me resta- vocês entendem, né? Talvez viver sob pandemia e no Brasil tenha algo a ver com isso. Infelizmente, ainda não consigo cobrir toda a bandeira, mas, ao final, tem uns links de outros blogs muito mais avançados nesse quesito. Bora lá!

Os três livros da trilogia as peças infernais
As peças infernais. Por acaso os três personagens das capas são representações jovens Will, Jem e Tessa, que você conhece logo de cara na obra

No meio das minhas leituras de romances e históricos e livros de fantasia (escrito por mulheres), que tem sido meu foco de leitura desde o ano passado- tipo, exclusivamente MESMO- terminei esbarrando na trilogia PEÇAS INFERNAIS, da maravilhosa escritora estadunidense, mas nascida no Irã, Cassandra Clare*. A história é envolvente, os personagens são adoráveis e mesmo se tratando de adolescente, são poucos os momentos em que eu perdi a paciência com as teimosias que as escritoras de ficção fantástica impõem às heroínas e heróis para darem a impressão de que tem a personalidade forte. É um mundo cheio de figuras fantásticas como lobisomens, vampiros, fadas, feiticeiros e os Caçadores das Sombras, quase sempre o foco de suas trilogias. É curioso o modo como um triângulo amorosos (mas eu confesso que detesto livros com triângulos amorosos em um mundo em que existem outras possibilidades de relacionamento) é desenvolvido lá, além disso, não me escaparam a percepção de que a classe que tem o digamos “Poder estatal dos anjos”, pode ser sim um tanto fascista.

As Crônicas de Banes, que já está traduzida para o Brasil 😋

Bom, mas não sendo esse o meu foco, passo adiante, no meio de toda a confusão desta trilogia, conhecemos o poderosíssimo feiticeiro indonésio Magnus Bane! E foi ele que me cativou e me chamou a atenção para as obras que indico a seguir. Tudo isso porque Magnus Banes é um imortal bissexual que tende a tragicamente a se apaixonar por mortais. 

Magnus, com seus olhos de gato em destaque e uma chama azul nas mãos- olhando de lado
O feiticeiro maravilhindo Magnus Bane. Sim, eu gosto muito dele

Fui completamente arrebatada por ele! Mais uma prova do poder de gerar empatia da literatura. A série de TV na Netflix cumpre bem o papel de apresentar o personagem, ainda que peque em outras coisas (efeitos, simplificação de tramas mais densas etc), é fato que Harry Shum Jr., valeu à pena demais a audiência que eu dei, não me arrependo de NADA!

uma sala com um sofá escuro, flores no canto esquerdo, Alec, um homem branco alto, beijando um homem moreno com traços asiáticos (Magnus Bane), nesse sofá
Nenéns- Sim, nosso ship MALEC, no início da relação dos dois 😍

O melhor de tudo é que ao mesmo tempo que fui assistindo a série fui descobrindo (e lendo!), que a autora também é fã de Magnus Bane- inclusive lutando para sua permanência nas bibliotecas escolares dos EUA. Ela escreveu um livro que é mencionado na mais famosa trilogia INSTRUMENTOS MORTAIS, convertido n’As CRÔNICAS DE BANE, e, como o nome diz, trata da episódios da vida do feiticeiro cheio de malemolência, glitter e um maravilhoso topete. Também está saindo no Brasil (até a data desta postagem) a trilogia AS MALDIÇÕES ANCESTRAIS, com ele e seu par romântico mais popular, o Caçador das Sombras Alexander Gideon Lightwood, tendo dos livros já traduzidos. Enquanto tentam se acertar na relação, os dois lutam pela aceitação no meio da resistência da Clave (a entidade que manda nos Caçadores das Sombras) e até entre os ditos “submundanos”, além de enfrentarem a resistência ao fato de serem de “grupos” diferentes (feiticeiro, portanto filho do demônio e caçadores das sombras, filhos do Anjo Raziel), precisam enfrentar a homofobia até de pessoas próximas, como a família de Alec. E autora não se esquiva de tornar isso uma questão. E tem mais casais lgbtqi+ lá, mas ainda não terminei a leitura de todas as trilogias da Cassandra (confesso que meu foco vinha sendo o ship MALEC- com as melhores fanarts e fanfics, procurem aí, não tem erro). Eu comentei no Clube de Profecias, que "Instrumentos Mortais" e seus derivados são "Harry Potter" com diversidade (Dumbledore adoraria Magnus). 

Capa do livro- os pergaminhos da Magia, volume 1 da trilogia mencionada
A capa do volume 1

Eu achei esses dois tão queridinhos, fiquei tão encantada, que fui atrás de mais livros, de outras autoras, com uma pegada parecida- sempre lembrando que não fosse tão horrivelmente pesado. Então achei mais dois (na verdade três), mais românticos, pois agora sou dessas. Um deles foi o “Vermelho, Branco, Sangue Azul”, que é muito adolescente ou jovem adulto e tão incrível, o casal lá é simplesmente o filho mais velho da presidenta dos EUA e... o príncipe da Inglaterra! Tem uns trechos sobre a pragmática da política estadunidense que acontece lá que me entendiou um pouco, mas a história deles é simplesmente fofa. No caso do príncipe, ele já havia assumido para si que era homoafetivo, o problema que ele enfrenta é parte da sua família (novidade), e o “primeiro filho” americano, ainda passando pelo processo de se compreender como lgbtqi+. E o percurso que eles fazem, cheio de altos e baixos, é muito cativante e a gente vira facilmente uma torcida desse casal. Fica aí minha dica! 💙💓

A capa do livro Vermelho, Branco e Sangue Azul- um desenhp de um rapaz moreno bonito e despojado e um príncipe loiro
Uma capa bonita dessas no meio da nossa biblioteca heteronormativa né meninas 👑💘👬

E, por último, mas não menos importante, uma duologia que também achei que merecia estar nessa postagem, chama-se ELE e NÓS, conta a história de dois amigos jogadores de hockey que, enfim, tinham tudo para ser um casal desde muito cedo, na adolescência, mas um mal entendido, ou mal conversado fato, atrasa esse encontro. O desenvolvimento do reencontro e do tempo que perderam foi bem escrito e eu adorei acompanhar- entre deliciosas cenas para maiores de 18 anos- estão de parabéns, aliás. ⛄💥👬

Capa (que capa!) do primeiro livro 


Como eu tinha prometido, aqui estão colegas blogueiras que são muito melhores que eu e com muito mais dicas de livros de romance LGBTQI+. Inclusive agradeço a elas abrir mais essa portinha para que eu pudesse diminuir minha defasagem nisso. Tenta ai! Quem sabe alguma dessas histórias de surpreende e você nota que amor é amor e a resistência é só manifestação da nossa ignorância. FORA QUE VOCÊ AMA LIVROS COMO EU E ATÉ MAIS, NÃO É MESMO?? 📚

Ps. Eu ia colocar na lista "A quinta estação", mas eu achei que precisava de uma postagem só para ele, porque aquilo ali é uma tratado brilhante! 

https://www.reviewbox.com.br/livros-lgbt/

https://www.laoliphant.com.br/resenhas/resenha-radio-silencio-alice-oseman

http://leitoracretina.blogspot.com/2020/08/new-adult-com-personagens-gays-lesbicas.html

https://lgbteca.com.br/gratuitos

https://blog.estantevirtual.com.br/2019/03/12/os-melhores-livros-com-tematica-lgbt/


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