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terça-feira, 1 de outubro de 2019

Marielle e o Canto das Três Raças

Acordei com o “Canto das Três Raças” na voz de Clara Nunes na minha cabeça.

Essa música, que por si só parece ecoar algo ancestral naquela que ouve, em mim ganhou o significado particular de lembrar o dia da morte de Marielle- um dia triste, no qual perdemos duas entidades poderosas (Stephen Hawking também havia partido). Conhecia a Marielle por acompanhar a divulgação de seu trabalho e de outras políticas voltadas para as periferias e as negritudes que ganhavam voz Brasil afora. 

Quando tudo aconteceu, eu estava na ilha de Florianópolis e, agora com mais de dois anos depois do ocorrido, venho aqui revisitar um pouco o modo como senti aquela perda. Vaja o paradoxo dos afetos: perdi alguém que parecia próxima e, assim, era preciso algo, um rito, para expressar aquela dor que, ao mesmo tempo, parecia tão alienígena, tomando conta de mim, do luto pela morte de alguém distante. 

Mas como se elabora um ritual para uma perda dessa importância? Que funde a distância física e a  proximidade de sonhos? Foi então que nos dirigimos para o lugar que acolheu nossas esperanças frustradas e nossas dores da política recente, desde o impeachment: o centro antigo da cidade. As pessoas foram se reunindo ao lado do mercado, com fotos dela e com velas. Uma manifestação artística acabara de acabar. Os tambores chegaram, o sol se punha: era hora. Seguimos em cortejo e alguém, no meio da multidão, puxou o "Canto das três raças", os tambores seguiram, a multidão acompanhou a letra. Sim, nós éramos muitas. 

Surpreendentemente (aquele meu eu ingênuo pensando...), a morte de uma mulher distante, negra, vinda da favela, abalara o coração da antiga ilha de Nossa Senhora do Desterro (e, antes, Meiembipe). E foi uma surpresa tão triste e tão linda... Uma irmandade fugaz que condensou em si todas as manifestações que participei no ano anterior (e antes), nas quais, nós brasileiras lutamos por nossos direitos, inclusive o de uma democracia aprofundada, uma democracia além. O "Canto das três raças" acontecia. Numa terra que trata seus indígenas como mendigos e seus mendigos como menos-gente. Aquelas vozes era uma só voz. Aquelas lágrimas, os abraços ao pé da escadaria e as lágrimas, era o que deveria restar depois de tantos reveses, povos que se sensibilizam e se unem pelas causas mais justas. Como Marielle.

Do lamento que é o "Canto das três raças", da terra queimada do fogo e da bala, a morte é transmutada: de Marielle já tínhamos seu exemplo de vida e seus projetos; ela deixou muita coisa apontada. Tirei fotos daquele dia de lamento coletivo. Não lembro se antes havia dito tanta coisa sobre aquele dia. As fotos  foram parar numa exposição acadêmica no final do mesmo ano, mas na cidade de Teresina. 

Marielle não está sendo esquecida. Está sendo multiplicada.


Pequeno altar com fotos impressa de Marielle sempre sorridente (parede verde escuro, velas e flores brancas)

No mesmo altar improvisado, uma mulher acende sua vela.



O traçado de um corpo humano no chão, rodeado de velas, indicando um assassinato. Mulheres ao redor acendem suas velas. Flores ao centro do desenho.

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Entrevista: Mauricio Gaia

Retomando as postagens de entrevistas com amigos que trabalham com arte em geral, hoje eu trouxe um convidado especial lá de São Paulo. O produtor cultural Maurício Gaia, que não gosta de ser chamado de Gaia (rs) e que para as amizades é mais conhecido como Mau. 
Jornalista e especialista em mídias digitais, Maurício Gaia, segundo sua descrição no blog Combate Rock, diz crer que "o rock morreu na década de 60 e que hoje é um cadáver insepulto e fétido e que gosta de baião-de-dois". Por esse último apreço, desconfio que o paulista sempre será bem-vindo ao nordeste:
1.       Então, Gaia, queria começar perguntando o que a música significa para você?
Pra começar, Gaia era meu pai. Eu sou Maurício para a geral, Mau para os amigos e Gaia para a moça que imprime meus boletos - aposto que é tuiteira, porque começou a me chamar assim da noite para o dia.

Música é um lugar que nos coloca em lugares que já pudermos ser confortáveis e, ao mesmo tempo, nos levar para outros lugares.  Quando eu escuto, sei lá, o primeiro álbum do Led Zeppelin, eu lembro da primeira que ouvi, em um verão muito, muito quente. Da mesma forma, quando escuto "future Days", do Can, eu me sinto m um lugar onde nunca estive, mas me parece confortável.

Mas a verdade que eu consigo passar alguns dias sem ouvir música, a não ser a trabalho. Música transcende, mas temos que saber o que acontece no mundo :) 

2.       Aproveitando que está acontecendo agora o In-Edit Brasil 2019, conta para a gente como é organizar um evento desse porte?

Não é fácil. Mesmo sem contar com a diretriz do governo atual, que trata o setor de cultura como inimigo, nos últimos anos enfrentamos MUITA dificuldade para conseguir patrocínio - nem dá para dizer que o In-Edit seja um grande (no sentido de estrutura, tamanho, etc) festival de cinema, nao conseguimos fazer que ele seja possível sem leis de incentivo - e a cada ano, vem diminuindo o dinheiro que conseguimos captar.

O fato é que, nos últimos anos fizemos com poucos recursos financeiros e com muita ajuda de amigos parceiros. Se chegamos a 2019, foi por conta disso. Nos próximos anos, não sei como será.

3. Como é ter um programa que fala sobre música transversalmente, mas tendo o rock como ponto de partida (ou de chegada)?

O produto música, de forma geral, perdeu muito do seu valor, e nem digo que isso se deva por conta da internet e sim por outros fatores. Todo mundo amava MTV, mas mesmo lá eles não tinham audiência o suficiente para bancar toda a operação. Como diz o jornalista Ricardo Alexandre, quer perder audiência, só colocar música, ou seja, de cara já saímos perdendo. Quando colocamos rock, que é um gênero que vem perdendo, não só no Brasil, mas como no mundo, nós nos colocamos na terceira divisão do rolê.

Mas, aí falo por mim, e não pelo Marcelo Moreira, meu sócio, meu foco não é só rock, ou pelo menos no que o roqueirão tradicional considera "rock". Dentro do Combate cabe rock e suas derivações, cabe soul, cabe samba, cabe rap, cabe tudo aquilo que é música boa e que tenha um contato com o universo contemporâneo. Já colocamos tanto Dorsal Atlântica como Luiz Melodia e Beth Carvalho. E Fela Kuti. E Ozzy Osbourne cantando com Kim Bassinger. E, se bobearem, coloco Banda de Pífanos de Caruaru. Porque o universo é muito vasto e a música também é.

Viajei.

4.       Conta aqui: quais seus planos para os próximos cinco anos?

Planos? Quais planos? Qualquer plano meu depende de grana e eu nem sei como isso vai ser nos próximos três meses, quiçá cinco anos.


5.       E, finalizando essa entrevista, sugere aí 3 músicas ou bandas para as leitoras e leitores do blog e aproveita e diz quando você vem no Piauí (rs).
três links, sem me preocupar com o tempo
https://open.spotify.com/track/7Dprt8s1FohodJYtCNcM4a?si=Y9hNHqNzS-6ExSmlu4b6nA (pode ser que eu tenha chorado na plataforma de embarque de metrô ouvindo isso)
https://open.spotify.com/track/1Y6Dv0tWYUP3Za2Es9FUL2?si=v7eyh_KvQrmWvYS8Il7gtw - amo hendrix, não é minha música favorita dele, mas mostra o que mais eu gosto nele - as baladas. 

Por mim, iria para o Piaui e pelo Nordeste inteiro, que é o que salva o país, o mais rápido possível, espero que em breve possa ir ao PIAUÍ.

Ps. Como bônus, Maurício Gaia falou um pouco sobre a construção do Combate Rock:

Ele surgiu em 2010, no grupo O Estado. E existiam outras pessoas: além do Marcelo Moreira, que hojé é um dos sócios da holding, tinha o Décio Trujillo, que era editor-chefe do Jornal da Tarde, Daniel Morango, Marcos Burghi, todos eles, juntos com Moreira, vulgo Coxa, colegas de trabalho. 
Eu tinha um podcast, chamado "Noites de Insomnia" - nem o nome foi dado por mim, sim por Carla Coutinho (de quem eu perdi contato, aliás), e o Coxa me pediu ajuda para fazer, gravar podcasts. Foi assim que eu acabei entrando na equipe do Combate - eu gravava, editava e produzia os programas de rádio, que começaram como podcast e depois viraram programas no Território Eldorado. 
Com o fim do "Jornal da Tarde", o grupo Estado disso que gostaria do conteudo, mas sem pagar nada. Aí, levei o projeto ao UOL. Naquele momento, ficamos Marcelo Moreira e eu, e os demais partipantes decidiram ceder a mim e a Moreira o nome Combate Rock - muitos deles participarem de programas já na fase UOL, por absoluta conta e risco deles ) 
Bom, em 2013, levei o projeto para o UOL e, desde então, somos Marcelo Moreira e eu, com o apoio e simpatia de todos os demais que já passaram pelo Combatão das Massas.

E é isso aí! Até a próxima entrevista! <3

Mauricío Gaia, puro estilo em sua blusa de galáxias da Tampa de Crush (Natássia)


domingo, 2 de junho de 2019

BTS e Jung

Qual a relação entre Psicologia Analítica e K-Pop? O álbum do grupo BTS, que andou pelo Brasil recentemente. O nome do disco é "Map of the soul: persona" ( Mapa da Alma: persona/máscara) e é o nome do livro de um professor especialista em Jung, o Murray Stein. Os jovens estão interessados em um dos criadores da psicanálise, que fala de individuação, inconsciente, animus, anima, complexos, persona, etc, um encontro curioso que, de modo otimista, pode resultar numa geração futura de junguianos ou de pelo menos de adultos que estarão dispostos a se conhecerem melhor. Essa notícia eu ouvi no portal deviante, conjunto de podcasts associados sobre notícias científicas, política e curiosidades.

A renovação de uma linha inteira de pensamento pode ser começada por um encontro fortuito desses, hehe!

Clicando aqui, você entra no site da banda.
Ps. Caso você tenha interesse nesse livro, que eu recomendo, ele tem aqui. 

quinta-feira, 8 de março de 2018

Oito de março

E hoje é oito de março, dia para refletirmos sobre nossa condição de mulher em sociedades tão desiguais em muitos níveis, no mundo inteiro e que tem o termo mulher como marcador que aponta uma série dessas desigualdades prévias. Pelo simples fato de sermos mulheres, recebemos menos notoriedade nas diversas áreas, recebemos uma remuneração menor pelo nosso trabalho e corremos o risco de morrermos dentro das nossas relações afetivas com assustadora facilidade. São muitas as pautas a serem sempre reavaliadas e continuamente lembradas, porque como disse Simone de Beauvoir, em tempos atípicos, os direitos das mulheres estão sempre no meio daqueles que serão cassados e impedidos de serem exercidos, seja por um abalo político, seja por um ataque amplo de uma suposta moralidade superior. 

Ao longo do dia, farei postagens que o costume sobre a data de hoje, contando que pelo menos uma delas interesse você. Termino essa com uma mulher que inspira com suas músicas e comove com sua história de força: Nina Simone. Um salve para o feminismo negro explícito em sua arte!





segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Em branco

Ando passando por uma crise de inspiração nas últimas semanas, por isso a diminuição das postagens. Para não deixar essa aqui vazia, vai uma música do Queen que aparece naquele filme lançado esse ano: Baby Driver.




terça-feira, 15 de agosto de 2017

Um pouco de música para hoje

Tem semanas que não posto, mas hoje trouxe dois presentes, duas músicas que andei ouvindo nos últimos dias. Um pouco de soul music e outro de pop experimental argentino: Al Green (com 'Let's stay together') e Rosario Bléfari (com 'Intactos'), algo como se uma garrafa solitária de conhaque se surpreendesse esquecida em um amanhecer numa praia frequentada por jovens veganas abstêmicas. Ufa!







Ps. Aqui a wikipedia sobre eles:
Al Green  --> https://es.wikipedia.org/wiki/Al_Green
Rosario Bléfari --> https://es.wikipedia.org/wiki/Rosario_Bl%C3%A9fari



sábado, 6 de agosto de 2016

Mondrian

Broadway Boogie-Woogie - Mondrian, tão avesso à sociedade e solitário, adorava ouvir e dançar. Especialmente jazz. 


Linhas verticais: o espírito; linhas horizontais: a materialidade. Eis a base do Mondrian já amadurecido. De algum modo, o artista holandês, achou ter descoberto o caminho da arte ser una com a vida. A geometria mais simples era o ponto de interseção entre esses dois mundos que ele entendia terem se separado (em algum momento imaginado, talvez). 

Mondrian e Kandinsky (esse, russo), além do Picasso, foram alguns dos artistas que eu encarava com curiosidade, um certo encantamento, mas que só foram me tocando bem depois dos primeiros contatos com as obras. Nada de museus. Livros da escola, quadros reproduzidos nas paredes da universidade, mais para decoração do que outra coisa, revistas  e, claro, já mais adiante, na internet. Não que eu tenha me detido obsessivamente como um tempo fiz com Van Gogh, mas sempre exerceram alguma atração aquelas linhas que eram chamadas de arte.

Bom, meu lado descontruído e pós-moderno que me desculpe, mas eu fui ensinada a entender as escolas de arte em linha histórica, uma negando a outra ou desmontando a anterior. Aliás, história e filosofia e todas as demais filosofia que, de algum modo, dialogavam com o tempo, ou com datas, também. Mas o ponto aqui não são os novos paradigmas do entender histórico (não-linear, simultâneo etc). O ponto é que, meu olhar foi adestrado para perceber assim.

Eu já estava exultante em ter alguma aula de história da arte num tempo em que isso ainda não era comum e num lugar onde as pessoas não costumam ligar tanto para isso- e a. Alguma coisa me arrebatava, ainda que eu não gostasse da professora. Então, o que mais importava é que eu estava tendo acesso aquele saber, àquela construção maravilhosa da humanidade que era apresentada apenas a uns poucos eleitos. E eleitos no masculino, mesmo.

Usei os nomes famosos como ponto de partida para conhecer outros tantos, inclusive artistas locais (Nonato, Gabriel Arcanjo, Dora Parente, Portelada etc) , especialmente pintores e sempre que encontrava um novo, ia aprendendo a abrir camadas novas de apreciação. Uma hora eu me detinha nas cores, outra nas formas, outra no tema geral, lembrava da biografia ou do momento histórico da obra, se tivesse pesquisado antes. Outras tantas vezes, em tudo isso junto. 

Mas para mim essas linhas do Mondrian... Confesso que jogava num baú da arte menor- leia-se, arte menor era a que eu não entendia. Ou não me sentia tocada. Por algum motivo Miró, Kandinsky e Picasso me tocavam, mas Mondrian... Mondrian demorou. Precisei passar muitas e muitas e muitas vezes por aquelas ver-ti-ca-li-da-de e ho-ri-zon-ta-li-da-de associada às cores primárias.

Não sei que dia se deu isso. Mas hoje sinto a obra dele como a se fundir com o mundo, indissociável. Colocar um dos quadros dele na parede deve ser torná-lo parede e janela e paisagem. Sem bordas, com as linhas e as cores primárias alcançando os átomos. É o abstrato que torna a parede espaço ampliado para além da mera utilidade paredística. Melhor que isso talvez só vê-la, no meu futuro imaginado (?), adiante, desmoronando junto com a outrora parede e apodrecendo como num toque de Manoel de Barros, reafirmando a arte como vida. Inclusive, quanto a esse ponto, foi o que Hitler temeu quando agrupou a obra de Mondrian, junto com a de Picasso e de outras referências europeias da primeira metade do século XX, a “arte degenerada”. Sem formas reconhecidas, ou com formas alteradas ou reduzidas a uma abstração que, a um primeiro momento, parecia impenetrável, o ditador assustou-se, certamente compreendendo o poder de renovação que elas continham. Como o totalitarismo precisa de um mundo fixo para existir, a negação da arte enquanto ruptura e renovação era um passo esperado. Por isso o rótulo pejorativo. Vez ou outra ele retorna. 

Mondrian foi capaz de ultrapassar nossas referências cognitivas: teu olho, teu ouvido, teu nariz, tua língua, tua pele e como a tua cabecinha une tudo isso pensamento. Paisagem formada sem qualquer árvore, pessoa, fruta, cena qualquer que fosse familiar- nem o cubismo foi tão longe. Talvez de todas as obras dele da fase madura, a que seja mais “reconhecível” seja justamente a  Broadway Boogie-Woogie da postage. Isso porque, Nova Iorque, a cidade-profecia para o mundo que surgiria, era a confirmação do que ele intuía há décadas como “verdade” da arte. De lá, de fato, irradiou-se todo um estilo de vida citadino de luzes geométricas, para o bem e para o mal. 

Pouco tempo depois de concluída essa obra, uma pneumonia levou o corpo de Mondrian. Da horizontalidade relativa, para a verticalidade final.


Aqui o trailer do documentário que o canal "Curta!" exibiu ontem, No estúdio de Mondrian: https://www.youtube.com/watch?v=Ib6_8LmebXI

quarta-feira, 8 de junho de 2016

quarta-feira, 6 de abril de 2016

Amélie Poulain

O filme que me abraçou num período difícil e que me foi mostrado por um amigo, anos atrás, tem uma trilha sonora que é tão fundamental ao bom andamento da estória, quanto a presença das atrizes e dos atores. E é Yann Tiersen, responsável por essas belezuras de melodia. Olha o que a Wikipedia traz sobre o músico:

"Yann Pierre Tiersen la pierre (sic) (Brest, 23 de junho de 1970) é um músico de vanguarda, multiinstrumentista e compositor francês de origem judaica com raízes belgas e norueguesas. Compondo para piano, sanfona e violino, sua música aproxima-se de Erik Satie e do minimalismo de Steve Reich, Philip Glass e Michael Nyman. Tornou-se internacionalmente conhecido ao compor trilhas sonoras de filmes como O fabuloso destino de Amélie Poulain e Good Bye, Lenin!.
Passou sua infância em Rennes, também na Bretanha, onde estudou violino, piano e regência orquestral. De formação clássica, encaminhou-se para o rock já na idade adulta. Nos anos 1980, junta-se a vários grupos de rock em Rennes. Em seguida, começa a escrever trilhas sonoras para peças teatrais e filmes como "A vida sonhada dos anjos Giovanni" (1998), de Erick Zonca, "Alice e Martin" (1998), de André Téchiné e "O que a Lua Revela" (1999), de Christine Carrière."

Aqui a página oficial dele http://yanntiersen.com/. Lá tem um monte de informação sobre o trabalho do músico.

E na noite de hoje ele traz o fundo musical aqui em casa. ;)


sexta-feira, 25 de março de 2016

Uma quinta feira na praia


Eu demorei 31 anos para entender que eu poderia aproveitar momentos como esse com leveza, sem remorsos, sem medos, com serenidade. Algo que parece tão simples e que para mim é fruto de uma elaboração com passos de formiguinha.

Tava muito bonito o dia de ontem.

Ps. O livro é Amrik, da Ana Miranda. O fundo musical é Nina Simone.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Ella Fitzgerald cantando Cole Porter

No texto do H. Dobal que postei dias atrás (http://diariocriativopassarim.blogspot.com.br/2016/02/h-dobal-innamorata-e-o-documentario-do.html), o poeta lembra de uma música cantada pela Ella Fitzgerald, que começa assim:

Strange, dear, but true, dear
When I'm close to you dear
The stars fill the sky
So in love with you am I

E depois continua dramaticamente... Fiz o exercício de reler o texto ouvido a música, como se fosse o próprio H. Dobal lamentando a morte de um amor que nem sequer chegou a ser. Fica bonito isso...


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