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terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

A Marvellous Light - Freya Maske

 




Uma luz maravilhosa


Fiz questão de escrever esse pequeno comentário, porque fui surpreendida positivamente pelo livro "A Marvellous Light", de Freya Maske


Apesar de usar um pano de fundo parecido com Harry Potter (da finada Jennifer Katarina), em parte da construção da magia e no modo com as famílias mágicas se apresentam, a autora supera essa inspiração nos melhores momentos. É tudo o que eu queria de Peças Infernais da Cassandra Clare na ambientação e nas relações dos personagens principais. Robin e Edwin são muito queridos e até os defeitos desse último compõem muito bem a complexidade da personalidade de alguém que foi tratado (e maltratado) como alguém fraco, mesmo sendo um dedicado autodidata. Já Robin, um homem sem magia, que estava perdido na vida, quando arranja esse emprego muito estranho, por conta do qual descobre que a magia existe, reage de um modo que foge um pouquinho ao clichê.


A propriedade, o terreno que aparece como parte central da história e sua relação com os proprietários é para mim o ponto alto da construção de mundo de magia da autora.


O vilão é odioso, mas não tem tanto espaço, o que eu gosto. Ele nem mesmo é o grande vilão, que ainda vai aparecer em outro livro, ao que parece. Foi aí que eu descobri que se trata de uma trilogia.


Robin e Edwin juntos formam uma boa dupla de investigação, a relação entre eles vai se aprofundando a partir disso- é muito orgânico e bonito. E, sim, tem partes apimentadas. Confesso que eu cortaria a metade do hot para incluir mais conversa entre eles, preciso que a autora entenda que esse é o ponto forte dos dois.

No mais posso dizer que recomendo a leitura para quem gosta de fantasia urbana, uma fantasia numa Inglaterra do iniciozinho do século XX. E de acordo com a nova gíria literária dos jovens, é uma romantasia

O maior problema do livro, é que ainda não foi traduzido para o português. Espero que entre no radar das editoras que publicam o gênero aqui no Brasil.





segunda-feira, 11 de abril de 2022

E por que assistir Our Flag Means Death/Nossa Bandeira é a Morte?

Cartaz de Our Flag Means Death avisando que passa na HBO- O ELENCO PRINCIPAL NELE


☠ AHOY!

 

Assisti a primeira temporada dessa série totalmente inesperada e agora estou OBCECADA, pelo menos até a data dessa postagem. Então decidi fazer essa lista especial destacando DEZ pontos que me fizeram gostar dela e que talvez possa fazê-las/los/les se interessar. Eu acredito que todo mundo só tem a ganhar assistindo essa criação linda & bizarra do humor.  Vamos lá!

 

 

1. Taika Waititi:

Taika caracterizado de Barbanegra
Taika sempre maravilhoso e interessante, vestido como um bom pirata steampunk, o Barbanegra



2. Humor completamente bobo e surtado;

 

Aqui os marujos estão em meio a um brainstorm tentando costurar a bandeira do navio

3. Stede Bonnet (Rhys Darby)- apenas AMO;


Eu gosto demais desse humor meio hesitante do Rhys Darby. Aqui ele é o Pirata Cavalheiro. A ingenuidade dele é a coisa maaais constrangedora e fofa dessa série.

 

4. Piratas;

 

Navios, brigas, roubos, mais brigas, leitura de histórias antes de dormir (?), tudo o que o mundo pirata pede. Ah! E muito amor e vingança, claro!

5. Atores com mais de 20 anos de idade;

Como uma pessoa cansada de etarismo, eu adorei que o elenco é mais velho do que costuma ser essas produções mainstream. Os corpos de tamanhos variados também me agradou- "fora ditadura fitness! aqui é século XVII" 😎


6. Respeita as diferenças;

 

Confesso que me emocionei muitas vezes com esse tema durante a série. De chapéu, Vico Ortiz e de gorrinho, Samson Kayo.

7. Baseada em fatos reais (ou quase);

 

Além do Barbanegra, Edward Teach, o pirata Stede Bonnet também existiu. Eles chegaram a navegar juntos, algo como uma sociedade pirata.Outros personagens também são inspirados em pessoas reais.

 

8. Vidas fora da normatividade (pois piratas);

 

Não só a normatividade da lei, mas também a de performance dos seus desejos, porque, ora, eles mal tinham se estabelecido como conhecemos hoje. Piratas, como "marginais" da sociedade, por que diabos isso importaria? Eu adorei a precisão histórica disso

9. Não tem preocupação com efeito especial foda;

Como uma pessoa que adora assistir filmes e séries de super herói, confesso que me cansa a discussão sobre a perfeição barulhenta dos efeitos especiais. Eu sou uma pessoa que não preciso disso pra me divertir. O elenco e a história são tão boas, que apagam o restante- que aliás, parece proposital, visto que é da HBO (cheia da grana, quero dizer).

 

10.Fala sobre masculinidade tóxica;

 

Izzy Hands(Con O'Neill) é uma das personagens que melhor apresenta esse traço da sociedade humana. Dá raiva, porque ele é muito bom no papel.

 

bônus!


Buttons(Ewen Bremner), com sua amiga gaivota em cima da cabeça. Eu quis destacar isso, porque me fez gargalhar algumas vezes 😅

"Alguns de nós estão tentando tomar banho de lua!"

É isso. Espero não ter dado muitos spoilers relevantes. Assistam a série! 💜

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