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terça-feira, 22 de abril de 2025

8 fantasias excelentes!

Essa postagem é para quem quer entrar de cabeça no mundo dos livros de fantasia, mas não quer recorrer ao lugar comum, aqueles mais mais famosos, sejam polêmicos ou não, não vão aparecer aqui. 🫦

E aí vai! 

1. Trilogia da Terra Partida- NK. Jeminsin: 

Nível: difícil 

Um mundo em ruínas, mas com regras! Pessoas tentando sobreviver, questões ambientais, o racismo e colorismo sendo apresentados como se tivessem chegado a um tipo de extremo manifestado nessas regras e em poderes de alguns poucos escolhidos (ou amaldiçoados?). Não está entendendo nada?? Não se preocupe, o mais importante é seguir junto o caminho das duas protagonistas, uma mãe e sua filha, que estão vivendo em plena quinta estação, que não tem nada a ver com as quatro estações dos tempos comuns. 

Ah! E tem um vilão muito interessante, um dos meus personagens favoritos da história.


2. Duologia Dreamblood- NK Jeminsin: 

Nível: médio 

Sim, nesta casa amamos e respeitamos NK Jeminsin (apesar de eu não ter gostado de Nós Somos a Cidade, desculpe, rainha!). 

Simplesmente MA-RA-VI-LHO-SO! Se você gosta de "místicas", de histórias que se passam em desertos ou que se inspiram em narrativas do Egito antigo (apesar de não ter esse nome) ou nos povo nômades, essa é para você! 

Cidades e povos com relações em níveis diferentes com seus deuses, que também são os acidentes geográficos da região, o mundo dos sonhos e os condutores das regras morais e sociais, vamos acompanhar sacerdotes responsáveis pela vida, pela morte e pelos sonhos das pessoas comuns e da nobreza e também crianças órfãs de todo tipo, que crescem e se vingam ou só querem ficar em paz. Ah e fala de amor, também. ♥️

3. Carry on/ Sempre em frente

Nível: fácil 

Uma trilogia que começa em uma escola de magia, mas não se concentra exatamente nela. O mundo não é o foco da construção da autora, mas sim um trio de jovens diverso, que passam a conviver cada vez mais por conta de problemas que enfrentam. Parece familiar? Porque é! Mas não se preocupe, a história da Rainbow Rowell é bem mais leve, com toques LGBT, que eu particularmente achei adorável. Você lê muito rápido. 

4. A Casa do Mar Cerúleo

Nível: fácil 

Simplesmente a coisinha mais fofa! Começando pela capa! Um dia, o melhor burocrata da empresa, Linus Baker, é enviado para investigar um lar que abriga crianças diferentes, consideradas as mais perigosas de todos os orfanatos. Lá, inclusive, ele encontrará o próprio filho do capeta em pessoa, o pequeno Lúcifer.

A história fala de superação das diferenças e sobre família encontrada. Recomendo fortemente ele e a sua sequência, que saiu faz pouco tempo em inglês: Somewhere beyond The Sea. 

5. Mistborn

Nível: médio/difícil 

Até parece que eu gosto de distopia! Mas a verdade é que é empolgante demais acompanhar esse grupo de pessoas tentando derrubar um tirano, enquanto voam pela cidade com seus poderes vindos do metal. Opa! Só alguns conseguirem voar, são os tais Mistborn, nascido das brumas, um conceito que vai se aplicando a medida que você vai se aprofundando nesse mundo. Até agora minha trilogia favorita é a da primeira era, mas se você gostar tanto do universo que o Sanderson vai criando lá, pode continuar pela segunda era e mais livros da famosa Cosmere

6. Mar Sem Estrelas

Nível: médio 

Para quem gosta de fantasia bem viajada, sem necessariamente um fim, se estendendo por vários fios além dos nossos personagens principais: este é o livro. O jovem Esdra um dia recebe um convite para um baile de máscara onde as pessoas vão fantasiadas de personagens de livros. Curioso sobre a festa e querendo saber mais a respeito de um livro misterioso que contém parte de sua própria história, ele se envereda por corredores, florestas, mares e colmeias, para juntar os pedaços de si e dessa história. 

É muito lindo! 

7. Enraizados (volume único!):

Nível: fácil/médio 

Eu sou fascinada por livros que falam sobre florestas sombrias e nesse temos uma com uma boa história ao redor dela. A personagem principal não é insuportável, o que já é um ponto positivo para esse tipo de livro jovem e mundo, apesar de ir se revelando à medida a mocinha amadurece com seus poderes, vai prendendo a leitora. O romance não atrapalha o desenvolvimento da história e não é o foco. O par dela (o dragão) é carismático, adoro ele. 

Mas como eu falei antes: foco na floresta, que você vai se dar bem. 😉

8. Os Noivos do Inverno

Nível: médio/difícil 

Esse é o título é o nome do primeiro livro dessa quadrilogia excelente para quem gosta de construção de mundo (um mundo partido e flutuante!) e um desenvolvimento bem lento da relação entre os personagens. Apesar do título, não se trata realmente de um romance romântico e mais de uma aventura de Ofélia e Torn, tentando desvendar os mistérios que aparecem diante deles, que parecem tentar eliminá-los a qualquer custo. No meio disso vão tentando se entender, com suas personalidades e poderes bastante complicados. 

O que eu posso dizer? Eu adorei cada página dessa quadrilogia e dei um jeito de eu mesma traduzir a versão em francês do último volume, assim que saiu. Para nossa sorte, eles todos já foram traduzidos para o português. Mas já aviso: chorei horrores no final. 🤧


🚨 Eu decidi parar por aqui. Vou apenas ressaltar que sim deixei de mencionar mais alguns Sandersons e TODOS os livros de fantasia chinesa que adoro. Principalmente porque boa parte deles ainda está sendo traduzido para o português, enquanto outros nem sequer previsão tem... 🥲 Mas já digo que farei uma postagem para incluí-los mais adiante. 

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Livros-alertas

Motivada por uma sombra que insiste em permanecer sobre as instituições brasileiras, dei uma olhada na estante e lembrei de algumas aulas que dei sobre o assunto. Aí estão cinco leituras que ajudam a situar algum jovem leitor desavisado, de qualquer idade, a respeito do crime contra a humanidade de maior reconhecimento e grande motivo de vergonha coletiva, durante século XX,  o nazismo. Ajuda inclusive, a olharmos bem para nossa historia enquanto povos humanos e as várias atrocidades que cometemos e que precisamos reconhecer para não repetir:


Lista para aprender porque nazismo é ruim

Educação e emancipação- Adorno
Hannah Arendt (biografia da Hannah Arendt)- Laure Adler
Maus- Spielgelman
Sonhos no terceiro Reich- Charlotte Beradt
O diário de Anne Frank- Anne Frank
 Modernidade e Holocausto- Bauman 
Aspectos do drama contemporâneo- Jung

A lista não é grande, porque sou otimista de que a pessoa que lê-los vai entender rapidamente a identificar o perigo logo. Logo!

Anne Frank com um lápis na mão

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Aquarela

Minhas brincadeiras com aquarelas, papéis, recortes, caderninhos e poemas tem me mantida sã, especialmente esse ano. E você? Anda permitindo que seu lado lúdico te salve?  Dá uma chance, ele tá aí só esperando...


Esse desenho com essa menina de cabelos rosas e grandes numa trança, foi pedido pela Bárbara e é inspirado nas ilustrações da Danielle Donaldson.


E essa sereia linda eu fiz porque queria algo mais colorido e etéreo- e também é inspirado na Danielle Donalson

domingo, 14 de outubro de 2018

Entrevista com Dani Marques




Hoje eu trago mais uma das nossas entrevistas com autoras piauienses (é só clicar na palavra chave referente aí embaixo para ver as demais). Hoje é a Daniely Marques, que até já teve postagem aqui sobre o lançamento de um dos seus trabalhos, que ela menciona (clica aqui). Aproveitem a entrevista:


1.       Dani, obrigada pela alegria de estar aqui no blog concedendo essa entrevista. Já tem um tempo que era para isso ter acontecido. Fala um pouco de você, apresente-se para nossas leitoras e leitores:

Olá, Nay! Agradeço a oportunidade de falar de mim e do zine “Desembucha, mulher!”.  Bom,  eu me acho um mix, sempre curiosa,  logo porque já tentei várias coisas nessa vida, e só agora me encontrei um pouco – espero que não seja tardiamente. Fiz duas graduações, e não trabalho em nenhuma das duas, me descobri mesmo trabalhando com a escrita. Teresinense, 33 anos, mãe solo de uma menina de 5 anos. A escrita foi o refúgio para me encontrar depois da maternidade, e ajudar outras a se encontrarem. 

Dani e a segunda edição do zine


 2.       Como surgiu esse plano de trabalhar com cultura, uma área tão bela, tão importante e tão subestimada no país?

O zine tem um lance místico, talvez tenha nascido da vontade de dizer uma basta a uma série de silenciamentos que eu sofri ao longo da vida. Nós mulheres somos feitas para aceitarmos tudo bem caladinhas, algumas conseguem, outras não. Quem não consegue, adoece, sente que existe um incomodo, e a fala, antes sufocada, acaba que necessitada de gritar. E como é que funciona esse grito? Através da arte, da cultura. Eu me identifico com a escrita, e vi que outras estavam no mesmo barco que eu. Por que não nos juntarmos? Daí a coletânea de textos, organizada de forma underground . E foi aí que eu vi que é tão complicado trabalhar com cultura, de certa forma, você incomoda

3.       E o “Desembucha, Mulher!”? Como um zine conseguiu alcançar tanta relevância no cenário local? O que você acha que ele significa nesse contexto de levante de mulheres historicamente silenciadas? Você sente que falta alguma coisa para que seu projeto se complete, ou ele alcançou um estado ótimo, dentro do que você tinha sonhado?

Todo o alcance do zine foi uma total surpresa pra mim. Eu não imaginava que ele teria esse alcance, e foi muito bom. O combustível que me dá força pra continuar com ele são os relatos de mulheres que sentiram contempladas de terem seus escritos publicados, impresso numa folha de papel, onde elas poderiam manusea-los, mostrar. É a concretização de uma ideia. Além de tudo é empoderamento, é não precisar de validação masculina. Tudo isso casa com esse momento do feminismo atual. No mais, eu queria ampliar, publicar mais autoras, lançar mulheres ótimas que estão por aí e sem oportunidade. Meu sonho é que quando alguém for citar autorxs piauienses pelos menos metade dos lembrados sejam mulheres.

4.       Você também é uma das mediadoras locais do grupo de leitura mais popular da atualidade no Brasil, o “Leia Mulheres”. Você pode resumir um pouco da proposta para a gente, incluindo aí sua própria experiência no grupo?

O “Leia Mulheres” é um clube de leitura que também combate essa predominância masculina nas nossas estantes. É triste constatar que a maiorias dos autorxs que falamos, que usamos como referências, são homens. E a proposta do clube é essa, tentar, nem que seja de forma mínima, tirar esse desequilíbrio, nos fazer consumir autoras, saber da existência delas. Nossa! Depois do clube já conheci tanta autora bacana.

5.       O que você diria para mulheres que tem filhos para criar (muitas vezes sozinhas, como é o seu caso) e que são diariamente desencorajadas pelo mundo a seguirem seus sonhos?

Nada é fácil para uma mãe, principalmente se for solo. Eu vivo vários dilemas, tentando me livrar de várias culpas que o sistema diz que são minhas. Ser mãe solo é você pegar dupla responsabilidade, assumir pelos erros de alguém omisso,  e ainda ser mal vista aos olhos da sociedade. Sonhar, trabalhar, realizar algum feito diante desse contexto é ser a própria resistência. Não posso garantir que todas nós vamos conseguir romper algum paradigma, ou que vamos alcançar nossos sonhos de forma integral. Não temos controle de nada, mas podemos começar a nos livrar do estigma da mãe perfeita, seria um ótimo primeiro passo. Não damos conta de tudo, e jamais esquecermos que antes de sermos mães somos mulheres.

6.       Quais seus próximos projetos? Pode compartilhar conosco?

Muitos projetos, mas tudo a seu tempo. Como respondi na pergunta anterior, sou mãe solo, e alguns acidentes acontecem ao longo do caminho. Risos. Mas assim que puder, de forma lenta e gradual, lançar uma coleção de autoras piauienses, a terceira edição do zine, continuar nas reuniões do “Leia Mulheres”, e sempre trabalhar ajudando outras mulheres a se sentirem encorajadas e motivadas a escreverem, ou fazer qualquer outra manifestação cultural.

 
Obrigada, mais uma vez, pela gentileza da entrevista, Dani. Espero em breve fazer outra postagem com o seu mais novo trabalho!
A Dani também é uma excelente jardineira <3

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Um pouco de música para hoje

Tem semanas que não posto, mas hoje trouxe dois presentes, duas músicas que andei ouvindo nos últimos dias. Um pouco de soul music e outro de pop experimental argentino: Al Green (com 'Let's stay together') e Rosario Bléfari (com 'Intactos'), algo como se uma garrafa solitária de conhaque se surpreendesse esquecida em um amanhecer numa praia frequentada por jovens veganas abstêmicas. Ufa!







Ps. Aqui a wikipedia sobre eles:
Al Green  --> https://es.wikipedia.org/wiki/Al_Green
Rosario Bléfari --> https://es.wikipedia.org/wiki/Rosario_Bl%C3%A9fari



sábado, 27 de maio de 2017

Teatro de animação: resgatando Lautrec

Ontem saí com uns amigos para assistir uma peça muito bacaninha sobre o Toulouse-Lautrec e suas dançarinas. Dessa vez não farei texto, mas deixo aqui algumas fotos que tirei e o link do 11º Festival Internacional de Teatro de Animação, que traz informações sobre o espetáculo: http://www.fcc.sc.gov.br/tac//pagina/20131/11-fitaumanoitecomlautrec-cianinavogel



Essa toda de negro é a Nina Vogel, ela era todas as personagens e quem manipulava lindamente o boneco do Lautrec.

O passaporte para a liberdade de Lautrec (desenhou um circo, de memória, para sair do manicômio)



domingo, 14 de maio de 2017

Um dia das mães reflexivo

Para o dia das mães, tenho 4 dicas a compartilhar: um poema da nobel Wyslawa Szymborska sobre a força da maternidade para além dos jogos de poder do mundo, o livro da poeta Adrienne Rich com reflexões de uma mãe que não se encontrou na maternidade, um conto marcante da Charlotte Perkins e a série que atualmente acompanho, "O conto da aia", baseado no livro homônimo da Margaret Atwood. Porque a maternidade pode ser um fardo grande demais para uma pessoa só ter que carregar, por reconhecer o esforço descomunal da minha mãe em criar a mim e aos meus irmãos e por sonhar que um dia a comunidade humana vai entender que essa é uma questão de todos, não só das mulheres que têm filhos.

1. Wyslawa Szymborska:



Vietnã
Mulher, como você se chama? – Não sei.
Quando você nasceu, de onde você vem? – Nao sei.
Para que cavou uma toca na terra? – Não sei.
Desde quanto está aqui escondida? – Não sei.
Por que mordeu o meu dedo anular? – Não sei.
Não sabe que não vamos te fazer nenhum mal? – Não sei.
De que lado você está? – Não sei.
É a guerra, você tem que escolher. – Não sei.
Esses são teus filhos? – São.
2. Adrienne Rich

Clica aqui
3. Charlotte Perkins Gilman:

Clica aqui.

4. O conto da aia (série): 
Clica aqui. 



AS MAIS LIDAS