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sábado, 21 de maio de 2022

Lista! Livros destruidores

 

📚 Livros Destruidores 💢👊

 

Eu vi a lista da capitã Sybylla sobre leituras que acabam mentalmente conosco, nos destruindo (!!!). Já até estavam rolando outras decorrentes com esse incentivo temático. Eu achei tão legal, porque vivo reclamando que não quero ler mais nenhum livro que me faça sofrer, mas certamente eles têm seu valor.

Não sei se tenho 10 livros na memória agora, mas aí embaixo minha lista, em homenagem à minha blogueira favorita há anos! Haha!

 

1.       A metamorfose- Franz Kakfa: 🐞

 

Novela curtinha, famosa, livro indicado em escolas e universidades: SEM NENHUM AVISO DE CONTRAINDICAÇÃO!! Não é leve, não dá esperança, te angustia, te deixa com raiva. A verdade é que pra mim o que aconteceu com Gregor Samsa foi um expurgo da humanidade tão definitivo, e isso tão intensamente sentido por mim, que a partir desse livro eu suspendi por muito tempo a leitura de qualquer obra dessa matriz tcheca, austríaca, russa e afins. E olhe que eu estava numa sequência boa! Depois só fiz as pazes com Kafka lendo seus contos, que são: divinos e a dor dura menos, hehe.

2.       A redoma de vidro- Sylvia Plath: 🌹

 

Essa semana vi esse livro sendo mencionado duas vezes, então trouxe ele aqui para nossa lista. Como uma pessoa que tem um tipo de depressão crônica, por conta de outras questões de saúde mental, não preciso dizer que não só me identifiquei muito com a descrição do adoecimento da personagem principal, como também esse foi praticamente o único motivo que me fez ter uma ligação que consegui ter. Não que Esther Greenwood fosse uma personagem unidimensional, pelo contrário, mas foi só uma questão de antipatia à primeira vista com a moça. Acontece. Porém, o desenrolar de sua depressão, o enterro de si mesma (???) e o posterior tratamento com remédios e eletrochoque (????), me fez sofrer e me indignou o destino daquela menina boba, que saiu de lá, tendo que pensar em se reconstruir e reconstruir sua vida. Aqui uma resenha minha sobre o livro;

 

3.       O menino de pijama listrado:👥

Eu não vou me estender muito, só relembro palavras-chave do enredo, para dizer que não cumpri meu trabalho aqui: criança, amizade, holocausto. E é isso. Um livro de ficção sobre um tema terrível, que me deixou ainda mais triste, porque na época eu não tinha lido nada a respeito, nenhum comentário, então fiquei totalmente arrasada no fim. Aqui uma crítica da capitã Sybylla envolvendo a obra, onde também menciona "Maus"( Art Spiegelman), que poderia estar nessa lista.

4.       Beira rio, beira vida- Assis Brasil:🌉

Quem conhece as obras do Assis Brasil, pode dizer que essa não seria a sua obra mais angustiante. Mas para mim o ciclo de miséria e exploração vivida por mulheres pobres da minha cidade, e uma suposta vitória sobre o destino da prostituição com um outro de ainda cheio de pobreza e mais solidão, também me jogou num labirinto sem saída, como a sensação que tive com A Metamorfose. Eu sou sim muito sensível.

 

5.       The husky and his cat shizun/ 2HA- Meatbun:🌳🐕🐈

Sim, eu sou uma leitura da excelente safra contemporânea de fantasia chinesa e, por isso, fui atrás de ler uma das novels mais conhecidas no meio, indicada pela amiga Malú. A história tem personagens encantadores, personagens detestáveis, odiáveis até, numa trama muito complexa ao longo de 3 livros (ou mais, dependendo da língua), construída num mundo onde clãs de artes marciais cultivam seu espírito e a reencarnação é possível. Contudo, por mais que eu ame Chu Wanning e a-do-re essa história, eu JAMAIS voltarei a lê-la, coisa que gosto muito de fazer com livros de fantasia em geral.

Tudo isso porque nessa história acontece tanta desgraça e até mesmo “gore”, tanta violência, tanta injustiça com personagens maravilhosos que você vai descobrindo ao longo das páginas, que eu me recuso a alcançar aquele felizes para sempre com eles novamente, às custas das minhas lágrimas e minha saúde mental. Portanto, hoje em dia fico com as fanarts e é isso aí! Mas fica aí a dica, se você é uma pessoa com estômago forte (você pode encontrar algumas traduções dela no wattpad ou em outro site de compartilhamento de histórias 😉).

 

6.       Além do Oceano- Keira Andrews: 🎤🎶✈

Sim, eu também leio romances MM ou BL, pois em geral eles me deixam muito feliz e satisfeita, sem exigir de mim que compartilhe seu sofrimento. Mas aí surge uma obra do tipo “Além do Oceano”, com personagens fofíssimos, que você torce desde o início e bom... além do oceano, né? Acontece um acidente de avião e só o casal principal, que ainda não era casal, sobrevive. Tudo o que eles compartilham e depois o momento de separação para mim foi tão triste mas ao mesmo tempo, observando agora tudo de horrível que mencionei anteriormente nos demais livros, o sofrimento aqui poderia parecer menor... Mas não senti assim. Talvez pela constante interferência na história, nos momentos quando eles estavam justos ou se aproximando, que suspendia a sensação de satisfação que temos quando o personagem que gostamos alcança o objetivo dele no livro. O final é lindo, não era a intenção da autora prolongar o sofrimento, mas poxa, nosso piloto é sofrido demais, heim?

 

BÔNUS!! Livros sofridos que eu nem sequer aguentei terminar de ler!!!

 

7.       A guerra não tem rosto de mulher- Svetlana Aleksiévitch: 👩🔪

A capitã Sybylla menciona esse livro na sua lista, inclusive lembro de ter lido sua resenha antes da minha edição chegar em minhas mãos. Li os primeiros capítulos, achando que daria conta, mas quando chega na descrição de uma morte/sacrifício específico eu tive que desistir. A minha cabeça já estava girando numa velocidade insuportável pensando nas questões ética, nas questões culturais, no sofrimento silenciado daquelas mulheres que mal puderam dar nome às suas vivências, logo, não puderam elaborar de modo mais “fácil” aquilo e bom, sei lá... Aquele livro me mostrou alguns tipos de mortes ou sacrifício que uma civil como eu, nunca tinha parado para pensar nisso. Me pareceu um bom livro, mas não é livro para qualquer pessoa ler. Eu, por exemplo, me coloco fora deste grupo de leitores, mas isso é uma dificuldade minha, ninguém precisa compartilhar, se não quiser.

 

8.       A ponte para Terabítia- Katherine Paterson: 👧👦

Esse é para deixar registrado o nível da minha covardia. “Ah, mas não é livro de criança, de pré-adolescente?”. Bom, mas e daí não é meu povo? Só sei que comecei a ler o livrinho uns anos atrás e estava achando legal, até me darem o spoiler do fim do livro (e do filme). Não preciso dizer que me acabei de chorar e desisti de ler aquela armadilha para corações desavisados!

9.       O conto da aia- Margareth Atwood:🔐👗

Ganhei uma edição desse livro anos atrás, enrolei e não li. Dei de presente esse volume e depois adquiri outra, na época do lançamento da série. Li os primeiros capítulos antes de começar o audiovisual e não me segurei e fui ler as resenhas. Daí assisti a primeira temporada da série... Aí eu conclui que eu como minoria não preciso mais sofrer num momentos que eu poderia estar me divertindo. E foi isso. Nada contra quem gosta, claro, mas isso aconteceu bem numa fase ruim do país (uma??), onde todo mundo só falava em distopia no meio dos livros, então, sabe, cansei? Mas confesso que só fiquei mais aliviada quando li “Ideias para adiar o fim do mundo”, do Ailton Krenak, no qual ele explicitamente convoca-nos a sobreviver aos vários fins do mundo, como seu povo vem fazendo desde sempre e construir uma outra coisa melhor. Foi a última pá de cal na leitura das distopias da minha parte. Hahahaha!

 

 

E assim minha lista termina com 9 livros! 😊

terça-feira, 18 de maio de 2021

Romances & Fantasias que saem da caixinha

 

bandeira do orgulho lgbtqi+
Arte da Bandeira do Arco-Íris

Depois de muuuito tempo, senti vontade de escrever uma postagem longa. Chega mais! 😉

Aproveitando o dia internacional de combate à lgbtqi+ fobia (17 de maio!), cumpro um desejo de fazer essa postagem falando de alguns livros queridos que andei lendo ultimamente. Lembrando que aboli quase todas as leituras distópicas e que tirem o pouco de esperança que me resta- vocês entendem, né? Talvez viver sob pandemia e no Brasil tenha algo a ver com isso. Infelizmente, ainda não consigo cobrir toda a bandeira, mas, ao final, tem uns links de outros blogs muito mais avançados nesse quesito. Bora lá!

Os três livros da trilogia as peças infernais
As peças infernais. Por acaso os três personagens das capas são representações jovens Will, Jem e Tessa, que você conhece logo de cara na obra

No meio das minhas leituras de romances e históricos e livros de fantasia (escrito por mulheres), que tem sido meu foco de leitura desde o ano passado- tipo, exclusivamente MESMO- terminei esbarrando na trilogia PEÇAS INFERNAIS, da maravilhosa escritora estadunidense, mas nascida no Irã, Cassandra Clare*. A história é envolvente, os personagens são adoráveis e mesmo se tratando de adolescente, são poucos os momentos em que eu perdi a paciência com as teimosias que as escritoras de ficção fantástica impõem às heroínas e heróis para darem a impressão de que tem a personalidade forte. É um mundo cheio de figuras fantásticas como lobisomens, vampiros, fadas, feiticeiros e os Caçadores das Sombras, quase sempre o foco de suas trilogias. É curioso o modo como um triângulo amorosos (mas eu confesso que detesto livros com triângulos amorosos em um mundo em que existem outras possibilidades de relacionamento) é desenvolvido lá, além disso, não me escaparam a percepção de que a classe que tem o digamos “Poder estatal dos anjos”, pode ser sim um tanto fascista.

As Crônicas de Banes, que já está traduzida para o Brasil 😋

Bom, mas não sendo esse o meu foco, passo adiante, no meio de toda a confusão desta trilogia, conhecemos o poderosíssimo feiticeiro indonésio Magnus Bane! E foi ele que me cativou e me chamou a atenção para as obras que indico a seguir. Tudo isso porque Magnus Banes é um imortal bissexual que tende a tragicamente a se apaixonar por mortais. 

Magnus, com seus olhos de gato em destaque e uma chama azul nas mãos- olhando de lado
O feiticeiro maravilhindo Magnus Bane. Sim, eu gosto muito dele

Fui completamente arrebatada por ele! Mais uma prova do poder de gerar empatia da literatura. A série de TV na Netflix cumpre bem o papel de apresentar o personagem, ainda que peque em outras coisas (efeitos, simplificação de tramas mais densas etc), é fato que Harry Shum Jr., valeu à pena demais a audiência que eu dei, não me arrependo de NADA!

uma sala com um sofá escuro, flores no canto esquerdo, Alec, um homem branco alto, beijando um homem moreno com traços asiáticos (Magnus Bane), nesse sofá
Nenéns- Sim, nosso ship MALEC, no início da relação dos dois 😍

O melhor de tudo é que ao mesmo tempo que fui assistindo a série fui descobrindo (e lendo!), que a autora também é fã de Magnus Bane- inclusive lutando para sua permanência nas bibliotecas escolares dos EUA. Ela escreveu um livro que é mencionado na mais famosa trilogia INSTRUMENTOS MORTAIS, convertido n’As CRÔNICAS DE BANE, e, como o nome diz, trata da episódios da vida do feiticeiro cheio de malemolência, glitter e um maravilhoso topete. Também está saindo no Brasil (até a data desta postagem) a trilogia AS MALDIÇÕES ANCESTRAIS, com ele e seu par romântico mais popular, o Caçador das Sombras Alexander Gideon Lightwood, tendo dos livros já traduzidos. Enquanto tentam se acertar na relação, os dois lutam pela aceitação no meio da resistência da Clave (a entidade que manda nos Caçadores das Sombras) e até entre os ditos “submundanos”, além de enfrentarem a resistência ao fato de serem de “grupos” diferentes (feiticeiro, portanto filho do demônio e caçadores das sombras, filhos do Anjo Raziel), precisam enfrentar a homofobia até de pessoas próximas, como a família de Alec. E autora não se esquiva de tornar isso uma questão. E tem mais casais lgbtqi+ lá, mas ainda não terminei a leitura de todas as trilogias da Cassandra (confesso que meu foco vinha sendo o ship MALEC- com as melhores fanarts e fanfics, procurem aí, não tem erro). Eu comentei no Clube de Profecias, que "Instrumentos Mortais" e seus derivados são "Harry Potter" com diversidade (Dumbledore adoraria Magnus). 

Capa do livro- os pergaminhos da Magia, volume 1 da trilogia mencionada
A capa do volume 1

Eu achei esses dois tão queridinhos, fiquei tão encantada, que fui atrás de mais livros, de outras autoras, com uma pegada parecida- sempre lembrando que não fosse tão horrivelmente pesado. Então achei mais dois (na verdade três), mais românticos, pois agora sou dessas. Um deles foi o “Vermelho, Branco, Sangue Azul”, que é muito adolescente ou jovem adulto e tão incrível, o casal lá é simplesmente o filho mais velho da presidenta dos EUA e... o príncipe da Inglaterra! Tem uns trechos sobre a pragmática da política estadunidense que acontece lá que me entendiou um pouco, mas a história deles é simplesmente fofa. No caso do príncipe, ele já havia assumido para si que era homoafetivo, o problema que ele enfrenta é parte da sua família (novidade), e o “primeiro filho” americano, ainda passando pelo processo de se compreender como lgbtqi+. E o percurso que eles fazem, cheio de altos e baixos, é muito cativante e a gente vira facilmente uma torcida desse casal. Fica aí minha dica! 💙💓

A capa do livro Vermelho, Branco e Sangue Azul- um desenhp de um rapaz moreno bonito e despojado e um príncipe loiro
Uma capa bonita dessas no meio da nossa biblioteca heteronormativa né meninas 👑💘👬

E, por último, mas não menos importante, uma duologia que também achei que merecia estar nessa postagem, chama-se ELE e NÓS, conta a história de dois amigos jogadores de hockey que, enfim, tinham tudo para ser um casal desde muito cedo, na adolescência, mas um mal entendido, ou mal conversado fato, atrasa esse encontro. O desenvolvimento do reencontro e do tempo que perderam foi bem escrito e eu adorei acompanhar- entre deliciosas cenas para maiores de 18 anos- estão de parabéns, aliás. ⛄💥👬

Capa (que capa!) do primeiro livro 


Como eu tinha prometido, aqui estão colegas blogueiras que são muito melhores que eu e com muito mais dicas de livros de romance LGBTQI+. Inclusive agradeço a elas abrir mais essa portinha para que eu pudesse diminuir minha defasagem nisso. Tenta ai! Quem sabe alguma dessas histórias de surpreende e você nota que amor é amor e a resistência é só manifestação da nossa ignorância. FORA QUE VOCÊ AMA LIVROS COMO EU E ATÉ MAIS, NÃO É MESMO?? 📚

Ps. Eu ia colocar na lista "A quinta estação", mas eu achei que precisava de uma postagem só para ele, porque aquilo ali é uma tratado brilhante! 

https://www.reviewbox.com.br/livros-lgbt/

https://www.laoliphant.com.br/resenhas/resenha-radio-silencio-alice-oseman

http://leitoracretina.blogspot.com/2020/08/new-adult-com-personagens-gays-lesbicas.html

https://lgbteca.com.br/gratuitos

https://blog.estantevirtual.com.br/2019/03/12/os-melhores-livros-com-tematica-lgbt/


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