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domingo, 9 de junho de 2019

Brené Brown: Vulnerabilidade e Coragem

Escutando o meu podcast favorito Talvez seja isso, que abordou pausadamente a mágica contida nas páginas do livro Mulheres que correm com os lobos, uma das sugestões extras das locutoras/criadoras Bárbara Nickel e Mariana Bandarra que se repetiu e chamou minha atenção foi a menção a Brené Brown (pelo modo afetivo que a Bárbara falava dela). Descobri o Ted da Brené Brown e vi que era um carinho e um puxão de orelha nas nossas almas aquilo ali.

Brown fala sobre vulnerabilidade, seu objeto de pesquisa há mais de 20 anos na academia. E ao contrário do que poderíamos pensar, ela não é uma mulher fofinha que defende a vulnerabilidade como uma coisa fofinha. Há uma mente bastante pragmática e eu diria até excessivamente disciplinada que se esforça em passar uma mensagem (sem usar a linguagem acadêmica, expondo-se) a quem se propõe a ouvir: não há criatividade, não há relações que valham, não há solidariedade sem exposição, sem vulnerabilidade. Não à toa Brown se tornou dessas autoras que persistem na lista dos 10 livros mais vendidos do The New York Times, além da sua palestra do Ted Talks ser das mais acessadas do mundo.(10 milhões de acessos até aqui).

Por isso, ter encontrado seu rosto nas novidades do Netflix esse ano foi uma surpresa muito encantadora e essa é minha sugestão dessa postagem: "O chamado à coragem". Eu ri e chorei e pus a mão na consciência e, acredito que se nos propormos a crescer como seres humanos, na vida pessoal, na vida profissional, como sociedade, tem muita coisa ali que merece um ouvido atento. Bora se dar uma chance? 



Uma das Ted Talks da Brené Brown


Ps. Essa é uma das postagens com mais tags que já fiz e é tudo de propósito ;)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Último dia de vakinha: resultado e agradecimentos

Olá, pessoal!

Durante um ano eu deixei exposta a minha vakinha para a publicação do meu primeiro livro de filosofia, fruto das pesquisas que fiz no mestrado. Hoje é o último dia de arrecadação e fico muito feliz em informar que, desde a semana passada, não só alcancei como ultrapassei o valor estimado para conseguir publicar com uma editora. 

Essa postagem é para lembrar que sim, você ainda pode doar hoje, porque existe a porcentagem que vai para o site e também os valores para organizar os lançamentos ao longo desse ano e do próximo. Mas é principalmente para dizer meu muito obrigada a quem acreditou nesse sonho que me parecia uma realidade distante, até uns dias atrás, eu que ainda sou de uma geração criada sob a impressão de que os livros de papel tem uma autoridade quase inalcançável por pessoas comuns. O que nem de longe me parece algo positivo.

Ainda entendo que a publicação de livros em formato de papel, mesmo com o aumento do número de editoras e selos independentes na última década, é algo não muito acessível para a maior parte das pessoas (é só desdobrar os nossos problemas de educação para esse assunto) e aí entram os ebooks como um dos caminhos para tornar mais próximo esse mundo dos livros e impactar menos o meio ambiente- mas distante da realidade da maior parte das pessoas. Logo, ainda não é tempo de abandonarmos os livros de papel, muito menos quando escolheu se inserir numa realidade de publicações científicas (sem ter um background financeiro) e é mulher que ocupa lugares periféricos em muitos níveis. 

Justamente por não ignorar a relevância de mulheres negras e mestiças da periferia do nordeste serem hoje produtoras de conhecimento, inclusive do autorizado- e até esse em grande parte ignorado, mas aí é tema para outro texto- persisti nessa realização (com muitos altos e baixos), dando esse passo tão ousado e, melhor, de um jeito coletivo. Confesso que estava cansada de ir apenas para os lançamentos das produções acadêmicas dos colegas homens da minha geração e da minha região- ou só das mulheres de classe mais alta. E, sim, isso é um desabafo- inclusive muitos de vocês entenderam a importância disso e fizeram sua parte aqui (como fazem em outros lugares), pelo que sou grata e orgulhosa desse tipo de relação que não nos impõe um medo de que reconheçamos nossos lugares de privilégio ou de ausência desses. Parece pouco, mas esse pouco é o que faz a diferença no mundo e na nossa finita vida aqui nesse planeta.

Vamos adiante, amigas e amigos!

Nos próximos dias, tem um email exclusivo aos que me deram essa força material.

Beijo grande!

Nayara

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/publicacao-de-livro-nayara-barros-de-sousa
Clica na imagem! <3





sexta-feira, 11 de maio de 2018

Mail art

Vivi o mundo da troca de cartas dos 7 aos 20 anos, em um tempo ainda sem redes sociais e com a internet ainda ganhando seu espaço em nossas vidas. Vivi também a época das colecionadoras de papéis de carta, cultivei agendas e diários desde criança. Canetinhas e material de papelaria são companheiros desde essa época. 

Hoje faço quase todos os meus trabalhos no computador e resolvo minhas questões de comunicação à distância pelas redes sociais e, às vezes, por e-mail. Até mesmo o e-mail já teve mais importância nas minhas trocas afetivas do que hoje, lá é quase tudo domínio de assuntos de trabalho.
Talvez por ainda ter vindo desse tempo em que escrever e criar com as mãos era praticamente o único meio das coisas acontecerem ou talvez por simplesmente ser primata e ter mãos com polegares opositores e um cérebro grande, incansável e inventivo, a virtualidade nunca preencheu essa parte da minha inteligência e exercício criativo que usa as mãos.
Então, motivada por um forte estresse causado pelos excessos da vida de pesquisadora, passei a deixar esse meu gosto ocupar novamente uma centralidade na minha vida, sempre que posso. Tem pelo menos uns 3 anos que experimento muitas habilidades artísticas, coisa que eu acredito fortemente que todos os humanos têm. Algumas eu já compartilhei aqui no blog, especialmente a minha iniciante arte poética. Mas hoje eu queria falar um pouco de Mail Art.

Apesar de não ser mais aquela jovem que enviava cartas, estou testando a criação de alguns envelopes que seguem o perfil da arte dos envelopes de correio. Esse tipo de produção artísticas já teve adesões de artistas do naipe de Matisse, Picasso, Cocteau, Apollinaire, só para citar os mais famosos, ganhando força especialmente por inspiração do movimento dadaísta. Mas sejamos sinceras, desde priscas eras nós mulheres elaboramos envelopes e cartas com as cores e texturas da nossa originalidade.

Hoje nós podemos ter acesso a essa produção nos sites de alguns museus, no Instagram e no Pinterest, conforme mostro abaixo. Coloquei também o envelope mais recente meu, que presenteei uma amiga essa semana. Confiram aí. ;)


Matisse

Outro Matisse

Picasso


https://br.pinterest.com/pin/6755468175624192/

https://www.instagram.com/p/Bijm0CWli8Z/?tagged=mailart
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