Lembro de muito me espantar
a miragem da Igreja sobre a colina
que Teresina escolheu como altar
e tenho meus sonhos desde então
povoados de igrejas sobre colinas
não importa quantas cidades eu visite
há uma onírica essência invocada
no acúmulo daquelas literalidades:
colina, igreja, altar.
Paradoxalmente
propõe-me:
prosopopeias,
perífrases,
paronomásias,
sorvidas pelo inconsciente
sustentando meu iceberg-self.
É à primeira Igreja sobre à colina que regresso:
A lapidada pelo sol, memórias de mãos e coxas negras,
De pedra, de pinguins musicais,
De degraus cansativos e de saias brancas
De chão amarelo setembrino
De um velho de vestido
que toca um piano invertido
Sob o sol.
parte detrás da igreja São Benedito contra um fundo de céu azul- gostei de ter feito essa foto |
Que lindo! Sensível, afetivo, de mexer com a memória.
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