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segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Fotografia e/é arte: Lola Álvarez Bravo


Quando fui à exposição da Frida Kahlo em Brasília, alguns meses atrás, tive a oportunidade de conhecer os trabalho de outras artistas mexicanas, algumas contemporâneas da pintora. Além de quadros, haviam uma ou duas instalações e também fotografias e fotomontagens. Fiquei de ir atrás de conhecer melhor o trabalhos delas e a oportunidade surgiu hoje, quando meus sobrinhos encontraram o folder da exposição, por acaso (ou não), enquanto derrubavam meus livros. rs

Hoje apresento a Lola Álvarez Bravo, que era próxima de Frida e de Diego Rivera, tendo fotos dos dois em seu imenso acervo (para a época), inclusive foto da pintora em seu leito de morte. 

Em geral as fotos variam entre uma sensibilidade social, algo de surrealismo, mas um surrealismo imediatamente vinculado aos temas do mundo cotidiano. Surgem desde as pessoas mais simples, como os maravilhosos nus, todas em P&B. As fotomontagens, como esse trabalho que tá aí em cima do meu texto, foram uma das coisas mais especiais que encontrei nela.

O New York Times fez uma reportagem com um pouco do trabalho da Bravo, em uma edição de 2013, disponível on-line. Você pode encontrar aqui: http://lens.blogs.nytimes.com/2013/02/25/a-mexican-photographer-overshadowed-but-not-outdone/http://lens.blogs.nytimes.com/2013/02/25/a-mexican-photographer-overshadowed-but-not-outdone/ 

Espero que gostem.

El sueño de los pobres II

"Indiferença" ...
Os nus da Bravo são uma coisa linda. Só encontrei mulheres, inclusive grávidas.




Auto retrato


sexta-feira, 13 de maio de 2016

Revista, laranja, caqui e... batatas

Fui caminhar na expectativa de que o abatimento diminuísse, depois desta semana tenebrosa para o país, e acho que funcionou de alguma forma. Vi um casal de Akitas, vi um pobre vira latas que se assustou com eles, também. A casa do joão-de -barro continua lá no campanário da igrejinha. A feirinha de 2 reais, o quilo, recebia seus clientes (que murmuravam quanto ao "vá trabalhar" do interino, "como se não trabalhássemos, minha filha", o que me deu certo alívio). Aliás, ter acesso a um lugar onde se cobra 2 reais o quilo para qualquer verdura e fruta em plena crise econômica tem sido um luxo aqui. Depois de fazer exercício físico na academia pública que tem na pracinha, passei no mercadinho do meu locador. Ele recebe parte das minhas correspondências e encomendas, quando não estou em casa. Perguntei se tinha carta para mim, mas não tinha nenhuma. Havia, contudo, a Revestrés nº 23, essa linda com a capa feminista aí embaixo. Tenho essa edição em Teresina, mas fiquei tão alegre por justamente essa ter sido a primeira que eu recebo desde que estou morando no sul do país... Me faz lembrar muita coisa. Me faz lembrar do que não posso esquecer, da necessidade de acreditar nos sonhos, da necessidade de acreditar que as coisas podem ser diferentes, de acreditar nos projetos que venho me propondo ao longo da vida e que compartilho com muita gente massa, com quem é possível dialogar e construir. Parece tudo tão clichê, mas muitas vezes eu esqueço disso aí, então o clichê precisa ser retirado do baú das palavras desbotadas e pegar um solzinho, como eu hoje mais cedo- ainda que seja um solzinho frio. 
E sobre a composição da foto: laranja, pela imensa saudade do meu sobrinho Elias, de 8 meses, que adora se lambuzar com uma; caqui, fruta de mordida suave como um beijo, segundo Rubem Alves me presenteou em seu "Variações sobre o prazer" que já me inspirou tantas e tantas vezes e... batatas, porque adoro quando cozidas e porque Machado foi e ainda é genial em momentos como esse nosso.


domingo, 21 de fevereiro de 2016

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