segunda-feira, 15 de julho de 2019

Entrevista: Malamanhadas Podcast

Olá, pessoas bonitas! Eu pedi para as jovens mulheres maravilhosas que fazem o Podcast piauiense & feminista Malamanhadas que respondessem 5 perguntinhas, naquele formato bem bruto que vocês veem aqui, vez ou outra. Inclusive, querendo ler as demais entrevistas, é só clicar na tag entrevistas ali embaixo.

Vamos para as perguntas!

1. Por que um podcast?

O podcast é uma excelente plataforma de comunicação por ser fácil e prazerosa. Embora já tenha alguns anos de existência, só agora, nesses últimos anos, eu diria, ele vem em um crescimento de popularidade, principalmente no Brasil. Apontam, inclusive, que 2019 pode ser considerado o ano do podcast. São vários os porquês. Assim como o rádio, ele permite aguçar suas habilidades sensoriais e também de concentração somente na audição, de você interpretar e entender a mensagem sem precisar estar vendo quem está falando. Fora também o lado de construção de podcast, esse lado mais colaborativo. É claro que há pessoas que fazem tudo sozinha, mas o podcast também é uma forma de reunir pessoas e de debater temas e pontos de vistas. Além disso, ele permite que você vá montando um audio de acordo com o que você quer que saia, com a edição. Sem falar que para quem escuta, há essa mobilidade, visto que por ele permitir download, ou seja, a reprodução no modo off-line, isso faz com que você possa ouvir e levar o conteúdo para diversos lugares, algo que o rádio não possibilita.

2. Por que um podcast sobre feminismo no Piauí?

Porque temos muitos podcast feministas pelo Brasil, mas muitos das regiões sudeste e sul, que inclusive amamos vários e temos como referência. Mas muitos também não representam nossa realidade não só como mulher nordestina, como também de referências do dia-a-dia. Fomos mais para esse lado de trazer algo diferente tanto para o mercado como também para as pessoas da nossa região. O lado do slogan ser “seu podcast feminista piauiense” é um regionalismo que foi unanime para a construção da nossa marca. Assim como o nome, “Malamanhadas”, uma expressão regional. Mas não queremos que seja algo restrito somente para quem é piauiense, muito pelo contrário. O podcast é daqui, mas é para todo mundo ouvir. O que é válido é estar ocupando esses espaços.

3. Em um tempo em que parece que não há tempo para ouvir o outro, como vocês se entendem sendo construtoras de uma mídia que pede justamente a escuta?

É difícil e é um dos porquês lá da primeira pergunta. Porque você não quer ser escutado só pela bolha que concorda com você. Nós do Malamanhadas queremos estar dialogando com várias pessoas e que pensam diferente. O podcast te permite o poder da voz, da palavra. Ele de fato é segmentado também, então geralmente, a pessoa que escuta podcast ela busca aqueles que levantam temáticas que lhe interessa, ela quer ouvir o que ela concorda minimamente com as colocações daquele produto. Esse caráter de restringir parece um pouco falho nessa questão de você ouvir pontos diferentes, mas é um desafio. Primeiro de tudo, tem que ocupar esse espaço. Tem que tornar esse tipo de conteúdo disponível, precisamos falar sobre questões importantes como o feminismo. Porque já é difícil quebrar essas barreiras com informação séria, imagine sem, prevalecendo só canais e meios de inverdades.

4. Quais podcasts inspiraram vocês ou que vocês curtem e que indicariam aqui para mim?

Más Feministas, Maria Vai Com As Outras, Pretas na Rede e Olhares Podcast são nossas referências na questão feminista, mas existe uma hashtag #mulherespodcasters que você coloca lá no twitter e é só sucesso. Eu sinto saudades do Bumbumcast e do Grampos Vazados, que são mais nessa pegada do humor, mas eles tão meio que parados, mas vale a pena muito conferir os antigos episódios. Enquanto eles não voltam, temos o Potocas Podcast, Filhos da Grávida de Taubaté e o Decrépitos Podcast. Gosto muito muito muito do Esquizofrenoias, Anticast e Revolushow.

Mas sempre que fazem essa pergunta pra gente, gostamos de citar essa hastag que falamos acima, e agora também acrescentamos uma lista feita pelas mulheres do Olhares: https://olharespodcast.com.br/200-podcasts-com-mulheres-podcasters/

(um parêntese para dizer que essa foi a primeira lista de indicação de podcast que aparecemos hahaha! Mas, muito além disso, essa é a lista mais completa que tem muita dicas incríveis!)

5. Quem vocês gostariam de convidar para um podcast de vocês e que seria aquela coroação do trabalho que realizam?

Qualquer integrante do Bumbumcast, principalmente a Hell Havani. A Branca Vianna do Maria Vai Com as Outras. As meninas do Más Feministas. A Eliane Brum, jornalista incrível. E a Rihanna, porque seria incrível conversar com a Rihanna em qualquer hipótese e gravar esse encontro. Seria mais legal ainda se eu soubesse inglês.


Respostas feitas por Ananda Omati, idealizadora e integrante do Malamanhadas, e Aldenora Cavalcante, integrante do projeto.

Interface do site do podcast (um desenho de uma jogadora de futebol negra com cabelos longos)

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