quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Tessitura do encontro entre uma amazona e um cavaleiro no parque

Muita performance.
- com pouco silêncio que nos valha. 
Tantas luzes.
- mas só o breu nos interessa.
Quantas imagens...
- nenhum sentimento fica de fora.
Tantos caracteres!
- poupo fatos,
poucos atos.
Promessas. Não posso.
A sirena ainda toca
e é hora de partir.
Já dependuradas num carrossel 
caleidoscópico:
estão as fractais do próximo e do próximo cavalo azul, 
de passo artificial, estilhaçado, 
purpurina em sua crina de um sonho calcinado. 
Fagulhas, átomos desdobrados
em efêmeras folias,
sem hora para começar,
mas com a incandescente certeza de um fim.


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