terça-feira, 15 de maio de 2018

Viro um copo cheio de lua

Como não frequento a boemia 

repito, sem culpa, versos já cansados da caneta dos que bebem a sua angústia e a sua nada estranha gratidão ao deus que lhes concede o néctar ao fim do maçante dia.


E ainda assim me embriago 

da farta madrugada prenhe de estrelas.
Viro um copo cheio de lua, 
esperando o momento
minguante,
das dores que já deveriam ter par(t)ido,
na penúltima volta daquele cometa 
milimetricamente posto na nossa rota
por uma matemática chinesa,
priscas eras antes do meu fatídico encontro


com as muitas almas que amei.



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