Hoje seria aniversário da grande escritora de fantasia, ficção científica e ensaios Ursula K LeGuin. Esse aí na fanart é Ged, maior mago de Terramar/Earthsea.
Ged e a dragão |
Sabe Hogwarts, escola de bruxaria etc? Ce vai entender de onde vem a inspiração lendo a história de Ged. Existem algumas coisas datadas, talvez, mas são importantes para a fã da ficção científica acompanhar as diferenças nas épocas- no futuro, também seremos julgadas, rs. Ainda assim, há muito mais a aprender e se encantar com aquele mundo misterioso criado pela autora. [spoiler ou não] No meu caso, adoro a relação do protagonista com os dragões e mesmo o modo como ele vai amadurecendo e especialmente como não é perfeito; e ainda a existência de um outro tipo de vida e religião, quando Tenahu aparece [fim do spoiler]. Também me encanta acompanhar Ged desde muito jovem e a passagem do tempo até uma idade bem madura, os encontros que ele tem ao longo da sua jornada e os lugares que visita são sempre envoltos em uma aura que cativa quem lê.
Por falar nisso, existe uma adaptação dos studios Ghibli do Ged já maduro, onde na verdade ele não é o personagem principal, mas que talvez valha a pena assistir. Não ficou excelente- como é o costume das coisas que o estúdio produz-, mas dá pra aproveitar a beleza da animação e usufruir de elementos queridos da história em uma mídia diferente. (Tem na Netflix)
E aqui duas obras da Ursula, que nossa amiga Heci Candiani traduziu "Floresta é o nome do mundo" e "A curva do sonho" e que não estão esgotadas- sim, porque os Contos de Terramar não são facilmente encontrados em português, infelizmente. Você encontra circulando com facilidade também "A mão esquerda da escuridão" e "Os despossuídos", traduzidos por Susana l. de Alexandria (obrigada a Heci e a Fabi pela informação, no twitter).
E tem esse maravilhoso episódio do Podcast Benzina, sobre a mestra Ursula K LeGuin: "A literatura xamânica de Ursula K. LeGuin", no qual Orlando Calheiros e Stephanie Borges, apostando que os livros de Le Guin é capaz de nos lembrar que existem muitas vidas possíveis, para de um Brasil em escombros. Lá, como a própria chamada do episódio diz, eles vão "traçando relações entre a literatura, o xamanismo, os sonhos e a capacidade de criar outras realidades. Alienígenas andróginos e colônias anarquistas na lua rendem histórias maravilhosas e podem nos dizer muito sobre as pessoas e as vidas da Terra e outros futuros possíveis." É muito gostoso de ouvir, recomendo fortemente o episódio e o podcast (além dos demais trabalhos da dupla).
E é isso. Ainda não li tudo o que essa grande mestra produziu, mas é bom saber que existe tanto material ainda a percorrer. Espero ter conseguido convencer mais uma ou duas pessoas a ler a Ursula, também. 💜
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