Sublimar para escrever: que balela. A espera só me sufocou, exauriu-me. Jogou-me em continente de sonhos, sem ponte que me garantisse um retorno ou ainda uma esperança. Perdi-me na espera e aquele corpo que ainda vicejava juventude, metamorfoseou-se em autômato que não sabe de si.
Sublimar para escrever: que balela. É da experiência da carne em brasa que a alma necessita. Menos que isso e é melhor tocar um foda-se e festejar o incêndio do mundo.
Sublimar para escrever: que balela. Não me serve, porque sempre sublimei.
Sempre soube dos meus abismos e das minhas alturas. A alma entediou-se cedo e agora aplaude ou desespera cada passo dado, descalço, na terra, na pedra, cada língua invadida, pele molhada, cada gota derramada nos encontros furtivos, roubados das nossas heréticas horas de liberdade.
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