Era manhã e eu estava descendo a escada,
quando um besouro que tentava entrar pela janela
quase me acertou.
O vidro da janela estava fechado.
Nem eu, nem ele havíamos notado.
Rimos um pouco e segui a vida-
pensando no meu sunny
boy,
apesar desse dia nublado
e dessa temperatura que cai.
Não faço ideia do que meu amigo besouro pensava naquela
ocasião...
No alimento do dia- talvez.
Na fuga de um inimigo- é possível.
Em sua
b e s o u r a-
a encontrar.
Já no final da tarde de um crepúsculo que eu não veria,
fui ao quintal, pegar a toalha ainda úmida do banho da manhã.
Olho para o chão, displicente,
e lá está meu amigo besouro!
Morto!
Sem me contar sobre a luta diária pelo alimento,
sem as anedotas sobre suas fugas dos inimigos,
nem sobre seu amor à espera
Ou indefinidamente adiado,
Sempre que vejo um escaravelho lembro de Kafka
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