Quando eu te neguei
formei-te minha mestra.
Aqui cheguei desafiando as autoridades
a cada encruzilhada que me deparei.
Invejei tua destreza no que também
almejo.
Dei voltas e voltas tal qual felina contrariada
antes de atacar
ou de receber de volta o último bote.
Porque me é difícil admitir
que somos espelho,
quiçá a mesma pessoa.
Mestre minha raiva te tornou
E só o rancor cresceu
Enquanto vasculhei os pergaminhos do meu corpo- alforje
com a resposta para o enigma que
tua existência me obrigou.
Adivinho, esfinge, e te supero.
Não olho para trás e nem te agradeço,
relutantemente sei que agora somos una
e para mim isso soa como mácula
sobre a minha vitória,
algo que ainda não me dispus.
Sigo em frente com minha infâmia
Aceito meu destino com um rosnado, repetindo teus, agora meus gestos:
abro as temidas asas,
afio a lâmina do canino,
que me elabora caminhos rasgando
a carne da esperança
de quem quer que atravesse minha oblíqua e obstinada face.
quinta-feira, 3 de maio de 2018
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