Nenhum
conto de fadas avisa
Que na primeira
noite com o príncipe
Amor e dor
rimam (fora daquela deprimente canção)
Mas dor
boa
De boca
machucada
De músculos
distendidos
Manchas
roxas no pescoço
Um pouco
de febre e de sangue
E uma
ardência gostosa no meu sexo de mulher.
--------------------------------------------------------------------------------------
Meu homem
tem reverências
Pelo meu
corpo molhado depois do banho
Durante o
sexo
Ou quando durmo
sossegada
Descoberta
e suada,
Porque o ventilador
se quebrou.
É ateu o
meu homem
Mas é
fácil vê-lo em oração
Quando faz
sua igreja entre minhas pernas
Devoto assíduo
da pequenina santa
De uma
religião sob os lençóis
Faz dos
meus peitos cálice sorvido com gosto
E hóstia
saborosa
Da minha
bunda surgem tambores ancestrais
Que convocam
gritaria e gemidos
De alegres
antepassados
Dançando no
compasso dos nossos quadris unidos
Meus cabelos
em suas mãos fechadas
Completam o
rugir do oceano sagrado
Convocado
pelo rito ecumênico salgado
Nenhum comentário:
Postar um comentário
mensagem passíveis de moderação