segunda-feira, 1 de julho de 2019

Um poema determinista


O nosso passado lembrado
                                    na cabeça incansável ou na pele sensível
Determina a verdade do presente tão nosso
E, por mais que os terapeutas insistam,
Com suas ferramentas cognitivas,
Dizer-nos que NÃO
É sob a sombra dos nossos primeiros vacilantes passos
Ou da luz- a depender de quem seja-
Que trilhamos a vida
Em busca da realização
Das promessas feitas
Durante aquelas portentosas alegrias

da fuga pelo medo de sermos atingidos
em nossos calcanhares

pelo vizinho louco
pelo abandono dos pais
pela morte do cachorro
pelos amigos perdidos sob circunstâncias desconhecidas

tudo suficientemente poderoso compondo
as grossas paredes
das nossas almas semi indefesas
diante de suas próprias certezas.



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