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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2019

Último dia de vakinha: resultado e agradecimentos

Olá, pessoal!

Durante um ano eu deixei exposta a minha vakinha para a publicação do meu primeiro livro de filosofia, fruto das pesquisas que fiz no mestrado. Hoje é o último dia de arrecadação e fico muito feliz em informar que, desde a semana passada, não só alcancei como ultrapassei o valor estimado para conseguir publicar com uma editora. 

Essa postagem é para lembrar que sim, você ainda pode doar hoje, porque existe a porcentagem que vai para o site e também os valores para organizar os lançamentos ao longo desse ano e do próximo. Mas é principalmente para dizer meu muito obrigada a quem acreditou nesse sonho que me parecia uma realidade distante, até uns dias atrás, eu que ainda sou de uma geração criada sob a impressão de que os livros de papel tem uma autoridade quase inalcançável por pessoas comuns. O que nem de longe me parece algo positivo.

Ainda entendo que a publicação de livros em formato de papel, mesmo com o aumento do número de editoras e selos independentes na última década, é algo não muito acessível para a maior parte das pessoas (é só desdobrar os nossos problemas de educação para esse assunto) e aí entram os ebooks como um dos caminhos para tornar mais próximo esse mundo dos livros e impactar menos o meio ambiente- mas distante da realidade da maior parte das pessoas. Logo, ainda não é tempo de abandonarmos os livros de papel, muito menos quando escolheu se inserir numa realidade de publicações científicas (sem ter um background financeiro) e é mulher que ocupa lugares periféricos em muitos níveis. 

Justamente por não ignorar a relevância de mulheres negras e mestiças da periferia do nordeste serem hoje produtoras de conhecimento, inclusive do autorizado- e até esse em grande parte ignorado, mas aí é tema para outro texto- persisti nessa realização (com muitos altos e baixos), dando esse passo tão ousado e, melhor, de um jeito coletivo. Confesso que estava cansada de ir apenas para os lançamentos das produções acadêmicas dos colegas homens da minha geração e da minha região- ou só das mulheres de classe mais alta. E, sim, isso é um desabafo- inclusive muitos de vocês entenderam a importância disso e fizeram sua parte aqui (como fazem em outros lugares), pelo que sou grata e orgulhosa desse tipo de relação que não nos impõe um medo de que reconheçamos nossos lugares de privilégio ou de ausência desses. Parece pouco, mas esse pouco é o que faz a diferença no mundo e na nossa finita vida aqui nesse planeta.

Vamos adiante, amigas e amigos!

Nos próximos dias, tem um email exclusivo aos que me deram essa força material.

Beijo grande!

Nayara

https://www.vakinha.com.br/vaquinha/publicacao-de-livro-nayara-barros-de-sousa
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quarta-feira, 2 de maio de 2018

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Filosofia: as máximas

A filosofia não pode ter medo de pensar a partir de máximas, em um mundo de discurso tão veloz.
O choque também é instrumento filosófico. Há, depois, que se descobrir e interpretar o lastro do grito.

sábado, 27 de agosto de 2016

Retorno ao não-saber


estava aqui lendo um pouco e me dei conta de que preciso passar por um processo de retorno a um ponto de ignorância. admitir que não sei de nada.
as certezas sobre o conhecimento passado estavam me amarrando em um estreito círculo vicioso de arrogância e, logo, de não diálogo. ora, eu pesquiso na área de filosofia. não há coisa mais anti-filosófica que você acreditar que sabe. o que se "sabe" está filosoficamente morto. ou morta.

inclusive acredito que essa constatação possa ser estendida para outros limites da vida. ao amor, por exemplo. quanto das nossas experiências passadas, quanto do que lemos, conhecemos e vivemos de algum modo cola na nossa experiência amorosa atual e aos poucos a paralisa em respostas repetitivas? em reações, mais que respostas repetitivas? 

é preciso lembrar constantemente que também não se sabe nada a respeito do amor. o não-saber do amor é seu espaço de existência necessário. o não-saber que nos atemoriza por um lado e nos seduz por outro.

fiquei pensando: quantas vezes eu não vi o outro, mas só as minhas lembranças do que "sabia" de uma experiência anterior? quantas vezes eu não me permiti estar presente diante apenas do que aquele outro me mostrava?

entendam: não ignoro que precisamos das nossas experiências acumuladas ou dos nossos saberes já adquiridos. a questão que tento colocar aqui é que, muitas vezes, podemos nos esconder atrás desses caminhos já vividos, conscientemente ou não. por estarmos em alguma zona de conforto, por algum tipo de medo, por alguma moral fajuta herdada, por medo do que se vai perder ao tentar ganhar. ou tudo isso junto.

no final das contas, eu volto à minha hipótese: o retorno ao não-saber. é ele que move nossos mundos e traz o novo. novos saberes, novos amores, novos de nós mesmos, nós mesmos muitas e muitas vezes em uma mesma existência.

A luz, símbolo do saber, as cadeiras vazias, tudo embaçado como num sonho. O saber ou o amor que se concluiu? O fim ou o que ainda está por vir? Adeus ou convite ao conhecer/amor? As duas cadeiras: o diálogo findo ou aberto? A foto é da obra do André Gonçalves e a utilização dela é devidamente autorizada ;)

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