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sexta-feira, 1 de maio de 2020

jandaia do meio dia e meio


jandaia do meio dia e meio
sabe o segredo dos carnaubais imaginados
teu escandaloso grito rasgado
rompe a cidade entorpecida
acorda meu reflexo nas roxas águas do lago
lençol no corpo grudado
se suor, se água, se sangue
eu não sei.


domingo, 8 de setembro de 2019

São tantas luzes

São tantas luzes
quando é a penumbra que busco
aquela passagem encantada
para seu corpo e o meu se encontrarem...

Vejo que o gato amarelo de olhos vazados sorri um testemunho




quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

Lamento de uma figura do passado

Queria ter minha vida analógica mais perto em minhas próprias lembranças, para conseguir valorizar melhor o que surge no meu caminhar por esse jovem mundo de velocidade e excessos. Mas o único passado que vale é o dia de ontem, seguro e o mais distante possível de um tempo em que a ausência da montanha de estímulos é bem mais que o mero ontem. E cada dia que um ontem se forma é bem maior que o anterior, o que pela lógica só aumenta as distâncias daquele passado analógico. Tenho saudades de um tipo de presença do corpo humano e da voz não codificada por nada além que meus ouvidos- só muito raramente um telefone fixo. Tenho saudades de ler por puro prazer as longas páginas dos romances; tenho saudades dos livros obrigatórios com páginas de celulose. Tenho saudades de uma leitura de papel e de uma escrita que não fosse mediada por máquina ou teclado virtual. Mas o virtual é o real agora. Ainda assim meu corpo continua a pedir a presença de um corpo não compartimentado em funções mas um corpo-todo-ali-presente. 

domingo, 3 de junho de 2018

Mais notas

O diagnóstico está certo, mas o ouvinte não estava preparado para recebê-lo. 


O corpo obedece à etiqueta, em seu exterior. Já a roupa de baixo, não consegue escapar da umidade. 

segunda-feira, 22 de maio de 2017

O quereres

(Cante comigo)
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim


sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Tu me inspiras amor e beleza

Tu me inspiras amor e beleza.
Colho tuas flores de amanhecer,
sentindo o perfume atravessar
todas as minhas entranhas,
alcançando os meus sonhos adormecidos
-de paz e de carne-
que sorriem, de leve,
-ainda de olhos fechados-
com o inesperado aroma
do teu sexo imaginado.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

Chocolate

Porque é bom, porque sou amante das barrinhas ao leite ou meio amargas, ou com castanha (até do-pará), ou com coco, ou com avelã, amendoim, ou em cima do sorvete, em cima do bolo, em cima de você (opa!).

Na falta do chocolate diário (hoje, oh céus), trago aqui a trilha do filme deliciosim "Chocolat".

Adoro a viola das músicas.





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