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domingo, 2 de junho de 2019

BTS e Jung

Qual a relação entre Psicologia Analítica e K-Pop? O álbum do grupo BTS, que andou pelo Brasil recentemente. O nome do disco é "Map of the soul: persona" ( Mapa da Alma: persona/máscara) e é o nome do livro de um professor especialista em Jung, o Murray Stein. Os jovens estão interessados em um dos criadores da psicanálise, que fala de individuação, inconsciente, animus, anima, complexos, persona, etc, um encontro curioso que, de modo otimista, pode resultar numa geração futura de junguianos ou de pelo menos de adultos que estarão dispostos a se conhecerem melhor. Essa notícia eu ouvi no portal deviante, conjunto de podcasts associados sobre notícias científicas, política e curiosidades.

A renovação de uma linha inteira de pensamento pode ser começada por um encontro fortuito desses, hehe!

Clicando aqui, você entra no site da banda.
Ps. Caso você tenha interesse nesse livro, que eu recomendo, ele tem aqui. 

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Zaz- Le long de la route



Ouvindo a Zaz e o último CD da Validuaté esses dias. Compartilho aí em cima essa música, que é das minhas favoritas da cantora francesa. A Validuaté vem depois. ☺️

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Playlist do Espaço Sideral

Não lembro de ter feito aqui alguma postagem a respeito de uma das minhas principais distrações nos últimos anos: filmes de super heróis. Para começar a compensar essa lacuna, trago esse textinho sobre uma das consequências bacanas desse longo hype nesses filmes: o pessoal investe bem nas trilhas sonoras, que eu adoro demais acompanhar. Pego uma playlist no dente e escuto por meses a fio! De longe, a que eu mais ouço (inclusive agora enquanto escrevo aqui) é a do filme "Guardiões da Galáxia"- dos dois filmes.

Peter Quill, o herói espacial (ou quase isso) e personagem principal dessa linha da Marvel, foi uma criança abduzida da Terra no dia da morte de sua mãe, em algum momento da década de 1980 e o vínculo que mantém com suas lembranças terrestres é justamente seu walkman, com os sucessos das décadas da juventude da progenitora, até o momento da separação dos dois- o que nos dá o melhor do pop internacional, do punk, do blues, do rock e ritmos afins (em língua inglesa, claro). São duas fitas, a primeira vai junto com o Walkman na abdução; a segunda, é o último presente dado por sua mãe no leito do hospital, que Quill abre no final do primeiro filme, quando começa a se reconciliar com as memórias do seu passado ao desenrolar uma empreitada de furto e heroísmo (a contragosto) com seus novos parceiros e amigos, já no espaço.

Você pode escutar essa playlist no spotify, caso prefira. Comecei aqui por uma do 10cc:

 
I'm not in love- 10 cc

quinta-feira, 8 de março de 2018

Oito de março

E hoje é oito de março, dia para refletirmos sobre nossa condição de mulher em sociedades tão desiguais em muitos níveis, no mundo inteiro e que tem o termo mulher como marcador que aponta uma série dessas desigualdades prévias. Pelo simples fato de sermos mulheres, recebemos menos notoriedade nas diversas áreas, recebemos uma remuneração menor pelo nosso trabalho e corremos o risco de morrermos dentro das nossas relações afetivas com assustadora facilidade. São muitas as pautas a serem sempre reavaliadas e continuamente lembradas, porque como disse Simone de Beauvoir, em tempos atípicos, os direitos das mulheres estão sempre no meio daqueles que serão cassados e impedidos de serem exercidos, seja por um abalo político, seja por um ataque amplo de uma suposta moralidade superior. 

Ao longo do dia, farei postagens que o costume sobre a data de hoje, contando que pelo menos uma delas interesse você. Termino essa com uma mulher que inspira com suas músicas e comove com sua história de força: Nina Simone. Um salve para o feminismo negro explícito em sua arte!





segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Em branco

Ando passando por uma crise de inspiração nas últimas semanas, por isso a diminuição das postagens. Para não deixar essa aqui vazia, vai uma música do Queen que aparece naquele filme lançado esse ano: Baby Driver.




quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Flores e soul music

Cy Twombly- Tulipas





























Essas flores eu peguei para ti,
nos jardins de alguma vizinha rancorosa,
anos 80- do século que terminou.
Tudo não passou de um sonho, claro.
Naquele tempo, eu tinha acabado de vir ao mundo,
mas meu espírito já batia retratos
em polaroides avançadas.
Contava com o agredir da areia
que passaria
de um côncavo vítreo a outro - convexo-
sobre o papel mal preparado
para registrar a nossa
permanência
na vaporosa eternidade
dos versos de um soul.





terça-feira, 15 de agosto de 2017

Um pouco de música para hoje

Tem semanas que não posto, mas hoje trouxe dois presentes, duas músicas que andei ouvindo nos últimos dias. Um pouco de soul music e outro de pop experimental argentino: Al Green (com 'Let's stay together') e Rosario Bléfari (com 'Intactos'), algo como se uma garrafa solitária de conhaque se surpreendesse esquecida em um amanhecer numa praia frequentada por jovens veganas abstêmicas. Ufa!







Ps. Aqui a wikipedia sobre eles:
Al Green  --> https://es.wikipedia.org/wiki/Al_Green
Rosario Bléfari --> https://es.wikipedia.org/wiki/Rosario_Bl%C3%A9fari



segunda-feira, 22 de maio de 2017

O quereres

(Cante comigo)
Onde queres revólver, sou coqueiro
E onde queres dinheiro, sou paixão
Onde queres descanso, sou desejo
E onde sou só desejo, queres não
E onde não queres nada, nada falta
E onde voas bem alto, eu sou o chão
E onde pisas o chão, minha alma salta
E ganha liberdade na amplidão

Onde queres família, sou maluco
E onde queres romântico, burguês
Onde queres Leblon, sou Pernambuco
E onde queres eunuco, garanhão
Onde queres o sim e o não, talvez
E onde vês, eu não vislumbro razão
Onde o queres o lobo, eu sou o irmão
E onde queres cowboy, eu sou chinês
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres o ato, eu sou o espírito
E onde queres ternura, eu sou tesão
Onde queres o livre, decassílabo
E onde buscas o anjo, sou mulher
Onde queres prazer, sou o que dói
E onde queres tortura, mansidão
Onde queres um lar, revolução
E onde queres bandido, sou herói
Eu queria querer-te amar o amor
Construir-nos dulcíssima prisão
Encontrar a mais justa adequação
Tudo métrica e rima e nunca dor
Mas a vida é real e é de viés
E vê só que cilada o amor me armou
Eu te quero (e não queres) como sou
Não te quero (e não queres) como és
Ah! Bruta flor do querer
Ah! Bruta flor, bruta flor
Onde queres comício, flipper-vídeo
E onde queres romance, rock'n roll
Onde queres a lua, eu sou o sol
E onde a pura natura, o inseticídio
Onde queres mistério, eu sou a luz
E onde queres um canto, o mundo inteiro
Onde queres quaresma, fevereiro
E onde queres coqueiro, eu sou obus
O quereres estares sempre a fim
Do que em mim é de mim tão desigual
Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal
E eu querendo querer-te sem ter fim
E, querendo-te, aprender o total
Do querer que há, e do que não há em mim


segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Bah!

Como dizem minhas amigas do sul: bah! Os sentimentos estão todos aqui, ainda. Não adiantou a bravata sem esperanças da postagem de ontem.
Eu sou louca. Pois acho isso bom, enquanto escuto The Doors. Antes tava no Elvis.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Música para o fim do mundo

Japoneses criando essa beleza musical aí. Em algumas músicas lembrou-me, um pouco, o Beirut. 

A capa, o nome da banda e os títulos das músicas também me cativaram fortemente. ^^

sábado, 6 de agosto de 2016

Mondrian

Broadway Boogie-Woogie - Mondrian, tão avesso à sociedade e solitário, adorava ouvir e dançar. Especialmente jazz. 


Linhas verticais: o espírito; linhas horizontais: a materialidade. Eis a base do Mondrian já amadurecido. De algum modo, o artista holandês, achou ter descoberto o caminho da arte ser una com a vida. A geometria mais simples era o ponto de interseção entre esses dois mundos que ele entendia terem se separado (em algum momento imaginado, talvez). 

Mondrian e Kandinsky (esse, russo), além do Picasso, foram alguns dos artistas que eu encarava com curiosidade, um certo encantamento, mas que só foram me tocando bem depois dos primeiros contatos com as obras. Nada de museus. Livros da escola, quadros reproduzidos nas paredes da universidade, mais para decoração do que outra coisa, revistas  e, claro, já mais adiante, na internet. Não que eu tenha me detido obsessivamente como um tempo fiz com Van Gogh, mas sempre exerceram alguma atração aquelas linhas que eram chamadas de arte.

Bom, meu lado descontruído e pós-moderno que me desculpe, mas eu fui ensinada a entender as escolas de arte em linha histórica, uma negando a outra ou desmontando a anterior. Aliás, história e filosofia e todas as demais filosofia que, de algum modo, dialogavam com o tempo, ou com datas, também. Mas o ponto aqui não são os novos paradigmas do entender histórico (não-linear, simultâneo etc). O ponto é que, meu olhar foi adestrado para perceber assim.

Eu já estava exultante em ter alguma aula de história da arte num tempo em que isso ainda não era comum e num lugar onde as pessoas não costumam ligar tanto para isso- e a. Alguma coisa me arrebatava, ainda que eu não gostasse da professora. Então, o que mais importava é que eu estava tendo acesso aquele saber, àquela construção maravilhosa da humanidade que era apresentada apenas a uns poucos eleitos. E eleitos no masculino, mesmo.

Usei os nomes famosos como ponto de partida para conhecer outros tantos, inclusive artistas locais (Nonato, Gabriel Arcanjo, Dora Parente, Portelada etc) , especialmente pintores e sempre que encontrava um novo, ia aprendendo a abrir camadas novas de apreciação. Uma hora eu me detinha nas cores, outra nas formas, outra no tema geral, lembrava da biografia ou do momento histórico da obra, se tivesse pesquisado antes. Outras tantas vezes, em tudo isso junto. 

Mas para mim essas linhas do Mondrian... Confesso que jogava num baú da arte menor- leia-se, arte menor era a que eu não entendia. Ou não me sentia tocada. Por algum motivo Miró, Kandinsky e Picasso me tocavam, mas Mondrian... Mondrian demorou. Precisei passar muitas e muitas e muitas vezes por aquelas ver-ti-ca-li-da-de e ho-ri-zon-ta-li-da-de associada às cores primárias.

Não sei que dia se deu isso. Mas hoje sinto a obra dele como a se fundir com o mundo, indissociável. Colocar um dos quadros dele na parede deve ser torná-lo parede e janela e paisagem. Sem bordas, com as linhas e as cores primárias alcançando os átomos. É o abstrato que torna a parede espaço ampliado para além da mera utilidade paredística. Melhor que isso talvez só vê-la, no meu futuro imaginado (?), adiante, desmoronando junto com a outrora parede e apodrecendo como num toque de Manoel de Barros, reafirmando a arte como vida. Inclusive, quanto a esse ponto, foi o que Hitler temeu quando agrupou a obra de Mondrian, junto com a de Picasso e de outras referências europeias da primeira metade do século XX, a “arte degenerada”. Sem formas reconhecidas, ou com formas alteradas ou reduzidas a uma abstração que, a um primeiro momento, parecia impenetrável, o ditador assustou-se, certamente compreendendo o poder de renovação que elas continham. Como o totalitarismo precisa de um mundo fixo para existir, a negação da arte enquanto ruptura e renovação era um passo esperado. Por isso o rótulo pejorativo. Vez ou outra ele retorna. 

Mondrian foi capaz de ultrapassar nossas referências cognitivas: teu olho, teu ouvido, teu nariz, tua língua, tua pele e como a tua cabecinha une tudo isso pensamento. Paisagem formada sem qualquer árvore, pessoa, fruta, cena qualquer que fosse familiar- nem o cubismo foi tão longe. Talvez de todas as obras dele da fase madura, a que seja mais “reconhecível” seja justamente a  Broadway Boogie-Woogie da postage. Isso porque, Nova Iorque, a cidade-profecia para o mundo que surgiria, era a confirmação do que ele intuía há décadas como “verdade” da arte. De lá, de fato, irradiou-se todo um estilo de vida citadino de luzes geométricas, para o bem e para o mal. 

Pouco tempo depois de concluída essa obra, uma pneumonia levou o corpo de Mondrian. Da horizontalidade relativa, para a verticalidade final.


Aqui o trailer do documentário que o canal "Curta!" exibiu ontem, No estúdio de Mondrian: https://www.youtube.com/watch?v=Ib6_8LmebXI

quarta-feira, 8 de junho de 2016

sábado, 21 de maio de 2016

Mais Nina Simone

Eunice Kathleen Waymon, ou como ficou mais conhecida Nina Simone foi uma das mais extraordinárias artistas do século XX, um ícone da música mundial. Com um estilo único, com uma mistura de jazz, soul, blues, música clássica (e mesmo tambores ancestrais), não só cantou o amor romântico e suas dores, mas especialmente incluiu em seu repertório canções de protesto poderosas, relacionadas às questões negras, especialmente nas décadas de lutas pelos direitos civis.

Aqui o site oficial sobre a cantora, em inglês: 
http://www.ninasimone.com/http://www.ninasimone.com/

E aqui, mais uma das minhas músicas favoritas. Ain't got no/ I got life.


terça-feira, 19 de abril de 2016

Insônia e o canto do Chico Preto

Estava organizando aqui uns sentimentos, umas idéias, aí me veio à lembrança o pássaro mais simpático que já tive oportunidade de ver e ouvir. E não, não é o passarinho azul: é o Chico Preto, como já revelou o título da postagem. E tudo com um fundo emocional muito forte ligado a minha família, ao meu pai, especialmente.




segunda-feira, 18 de abril de 2016

Um sentimento geral (em música)

Hoje acordei lembrando da herança afetivo-musical que recebi de papai. Para lembrar que é preciso continuar acreditando, apesar desse momento tenebroso da democracia brasileira.


quarta-feira, 6 de abril de 2016

Amélie Poulain

O filme que me abraçou num período difícil e que me foi mostrado por um amigo, anos atrás, tem uma trilha sonora que é tão fundamental ao bom andamento da estória, quanto a presença das atrizes e dos atores. E é Yann Tiersen, responsável por essas belezuras de melodia. Olha o que a Wikipedia traz sobre o músico:

"Yann Pierre Tiersen la pierre (sic) (Brest, 23 de junho de 1970) é um músico de vanguarda, multiinstrumentista e compositor francês de origem judaica com raízes belgas e norueguesas. Compondo para piano, sanfona e violino, sua música aproxima-se de Erik Satie e do minimalismo de Steve Reich, Philip Glass e Michael Nyman. Tornou-se internacionalmente conhecido ao compor trilhas sonoras de filmes como O fabuloso destino de Amélie Poulain e Good Bye, Lenin!.
Passou sua infância em Rennes, também na Bretanha, onde estudou violino, piano e regência orquestral. De formação clássica, encaminhou-se para o rock já na idade adulta. Nos anos 1980, junta-se a vários grupos de rock em Rennes. Em seguida, começa a escrever trilhas sonoras para peças teatrais e filmes como "A vida sonhada dos anjos Giovanni" (1998), de Erick Zonca, "Alice e Martin" (1998), de André Téchiné e "O que a Lua Revela" (1999), de Christine Carrière."

Aqui a página oficial dele http://yanntiersen.com/. Lá tem um monte de informação sobre o trabalho do músico.

E na noite de hoje ele traz o fundo musical aqui em casa. ;)


sexta-feira, 25 de março de 2016

Uma quinta feira na praia


Eu demorei 31 anos para entender que eu poderia aproveitar momentos como esse com leveza, sem remorsos, sem medos, com serenidade. Algo que parece tão simples e que para mim é fruto de uma elaboração com passos de formiguinha.

Tava muito bonito o dia de ontem.

Ps. O livro é Amrik, da Ana Miranda. O fundo musical é Nina Simone.

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